O Jornal do Piauí desta terça-feira (23) realizou debate sobre a chegada do Papa Francisco ao Brasil. Na oportunidade da chegada do chefe da Igreja Católica ao país, foram realizados protestos contra a corrupção e gastos públicos.

Para o professor universitário, e presidente do PSTU regional, Daniel Solon, os manifestos são movimentos legítimos. “A luta não é contra o Papa, é contra um modelo político adotado há muito tempo no país”, opina.

“Agora, o povo está protestando contra os gastos para a jornada. Sou a favor das manifestações. Os governos pensam que a vinda do Papa é apenas para apaziguar as insatisfações”, defende Daniel Solon.

Pela pastoral da Juventude, Isaias Pereira esclareceu dúvidas sobre o financiamento do evento católico e garantiu que é contra, o que ele chamou de, “oportunismo”. “Quero esclarecer que a igreja nunca foi contra as manifestações, mas sempre foi a favor da paz”, disse.

“É desejo de todos um país melhor. Agora, sou contra o oportunismo. Esse não é o momento ideal para se manifestar. Os gastos da Jornada são pagos com a verba das inscrições e dinheiro da igreja. Os outros R$ 18 milhões vindo do poder público são apenas para mobilidade e estrutura”, analisou.

Deolindo Moura é membro do Conselho Municipal de Estudantes de Teresina. Para ele, o diálogo é importante, mas para o representante da classe não dá para se compreender a violência dos movimentos.

“O movimento não pode vitimar esse tipo de ação. A igreja tem seu movimento e entendimentos. Essas manifestações são importantes para a mudança no Brasil, mas é importante a realização dessa missão da igreja no país”, explica.