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Homicídios crescem 38% em um ano na capital, revela Polícia

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Teresina registrou 130 homicídios de janeiro a julho deste ano, um aumento de 38,2% em relação ao mesmo período do ano passado, quando houve 94 assassinatos. Os dados fazem parte de um levantamento realizado pela Polícia Militar. 

O comandante de policiamento da capital, coronel Alberto Menezes, diz que os números estavam semelhantes até o mês de maio, mas tiveram um aumento no mês de junho, segundo ele, por conta das festas juninas. Os dados do mês de julho ainda estão sendo avaliados.

“Por causa das festas de junho o número de mortes geralmente aumenta porque as pessoas ficam expostas por mais tempo e também porque há maior venda de bebidas e drogas. Em julho, geralmente o número cai. Estamos fazendo um estudo para saber por que este ano foi diferente”, descreve o coronel. 

O militar acrescentou que a maioria das mortes por arma de fogo e arma branca acontece por conta da disputa de territórios ou dívidas relacionadas a drogas ou delitos, como a divisão de produtos roubados ou compra e venda de entorpecentes. “É raro um cidadão ser assassinado. Quando isso acontece, geralmente, é por reagir a um assalto”, avalia. 

Menezes acrescenta que a PM apreende cerca de duas armas de fogo diariamente e defende a destruição imediata dos armamentos para que não retorne às mãos de infratores. “Somente em 2012, 500 armas de fogo foram apreendidas. A campanha de desarmamento precisa ser revista”, descreve. 

HUT

Os números da PM estão de acordo com o levantamento feito no Hospital de Urgência de Teresina, que contabilizou no primeiro semestre 435 pacientes vítimas de arma de fogo e 523 feridos por arma branca. O diretor Gilberto Albuquerque explicou que o HUT tem que desprender um grande número de profissionais e no tratamento destes pacientes. 

“Um baleado requer uma equipe multidisciplinar, principalmente nos casos em que a bala transfixa e vai para a coluna ou quando atinge a cabeça. Esse tratamento requer uma grande quantidade de recursos”, pontua.

O médico acrescenta que os pacientes vindos do interior são os casos mais graves e os da capital são em maior número. 92% das pessoas esfaqueadas são vítimas de parentes, vizinhos ou amigos. O número de vítimas de arma de fogo e arma branca só perde para o número de acidentados de moto. 


Flash de Jordana Cury
Redação Carlos Lustosa Filho









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