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Autoridades debatem na TV rap que critica polícia e militares do Piauí

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A TV Cidade Verde promoveu, na edição desta quinta-feira (01) do Jornal do Piauí, debate sobre a polêmica do rap que cita a polícia e militares no alvo de críticas sociais. Participaram o advogado José Vinícius, o sociólogo Arnaldo Eugênio e o coordenador do movimento Paz na Cidade, Francisco Júnior.

Fotos: Evelin Santos/Cidadeverde.com

A letra da música de protesto cita o subcomandante da Rone, capitão Fábio Abreu, e um soldado, da mesma corporação identificado apenas Avelar, em críticas ao sistema de segurança pública do Piauí.

“Identificamos na letra o crime de tentativa de ameaça. Apesar de ser um crime de menor peso, pode causar injúrias físicas e mentais. Toda manifestação social é válida, mas não podemos é fazer coisas erradas com nossas instituições. Falar é importante, garantir direitos é importante, mas temos que saber como falar senão as coisas desvirtuam”, explica o advogado José Vinícius.


O rap foi assinado por dois irmãos. Um deles foi identificado como Kledeilson Barreto de Araújo, o Kedé. A música teve repercussão após ser divulgada na internet, através das redes sociais. 

“A função do rap é fazer denúncia. É para retratar a realidade da periferia. Essas denúncias da realidade não chega lá nunca chegam a todos. Os músicos foram corajosos e acho que ninguém está sendo ameaçado. O grupo está de parabéns por ter feito a denúncia, mas tem que tirar os nomes e fazer uma crítica mais responsável. Acho que eles não tinham noção da repercussão”, analisa o coordenador do Movimento Paz na Cidade, Francisco Júnior.


A música já teria sido ouvida sendo cantada nas celas dos pavilhões de reclusão do sistema carcerário do Piauí. Os autores serão inquiridos a prestar depoimentos e perícias necessárias serão feitas.  

“Por trás de tudo, existe a denuncia das pessoas que vivem nas periferias. As denúncias são contra um dos aparatos mais repressivos da sociedade que é a política. Temos que entender porque tamanha violência nas comunidades. Citar nomes é equívoco. Sendo verdade, o que a música denuncia é grave. Os meninos agiram de forma corajosa e sincera e não colocaram tarja na cara. Agora é momento de diálogo com a polícia”, conta o sociólogo, Arnaldo Eugênio. 


Lívio Galeno
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