Após o rap que cita policiais do Rone como "marginais armados", o corregedor da Polícia Militar do Piauí, coronel Marcos Davi, declarou que é preciso verificar se a ação da PM nas periferia está correta.

"Em algumas comunidades, o braço forte é o braço armado da repressão, e é a PM a responsável por isso. Não vemos o rap como ameaça à instituição. Temos que saber o que há de errado. Será que a abordagem está sendo violenta?", questionou o corregedor, em entrevista ao Notícia da Manhã desta sexta-feira (2).

O coronel acrescentou que a PM está se reunindo com o grupo de rap MP3 para desenvolver ações para melhorar a relação da comunidade com a polícia.

"Todo cidadão merece ser bem tratado, ser tratado de forma digna. Hoje temos viaturas que estão nas ruas para fiscalizar a ação da PM e isso acontece para tentar evitar excessos", pontuou o corregedor.

A letra do rap de autoria de Kledeilson Barreto de Araújo, 25 anos, conhecido popularmente como Kedé, cita o capitão Fábio Abreu, subcomandante da Rone, e o tenente Mota (Avelar). O cantor diz não ter medo dos policias e que a hora deles "está chegando"

"Não vemos isso como uma ameaça de morte. O rap é uma expressão popular e não é para a sociedade temer os policiais. Os autores da letra estão corretos nesse ponto", finaliza.