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Nove jovens fogem do CEM em menos de três dias no bairro Itaperu

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Após pular o muro, mais um interno do Centro Educacional Masculino (CEM), no bairro Itaperu, fugiu na manhã desta segunda-feira (19). Esta é a nona fuga em menos de três dias. Segundo Otoniel Bisneto, diretor administrativo, a fuga foi por volta das 8h, no momento da troca de plantão, após o café da manhã.

Fotos: Yala Sena/ Cidadeverde.com

"As 6h eles acordam, tomam o café aí tem a troca de plantão. Foi aí que ele desapareceu. Ele fugiu do mesmo jeito que os outros da última vez, pulando o muro e ainda não conseguimos recuperar", afirmou o capitão.

Foto: Evelin Santos/ Cidadeverde.com

O jovem interno, responde por tentativa homicídio e pertence a Ala B, mesma de onde na última sexta-feira (16), oito internos fizeram uma escada humana e conseguiram fugir pulando o muro. Com a fuga o CEM conta com 45 internos e apenas três conseguiram ser recuperados.

Fotos: Rayldo Pereira/ Cidadeverde.com

"Ele tem comportamento tranquilo mas recentemente a sua esposa perdeu o bebê e acreditamos que isso o deixou desesperado e incentivou para realizar a fuga", afirmou Herbert Neves, coordenador pedagógico. 


Ele atravessou dois portões que deveriam estar fechados e pulou o muro do campo de futebol. Quando o adolescente fugiu não havia guarda na guarita.


"Foi solicitado um reforço de segurança e mais educadores para evitar fugas", afirmou Otoniel. Segundo ele é preciso pelo menos mais 10 policiais para fazer o deslocamento dos menores e de 15 educadores.

O muro tem 6 metros e não pode ser colocada cerca elétrica. A alternativa, segundo Otoniel, é um sistema de concertina, que consiste em arame farpado em espiral, invisível, que segundo ele nem ratos conseguem transpor.


Segundo o diretor, uma sindicância será aberta para apurar se houve facilitação as fugas. A Polícia já tem informação do paradeiro dos jovens, e serão expedidos mandados de busca e apreensão. Para o diretor, o principal problema é a falta de orientação familiar. "No CEM nós educamos os menores, mas quando eles saem, retornam ao mesmo local e as famílias muitas vezes não querem continuar o nosso trabalho. Os que a família apoia e continuam nosso trabalho geralmente não voltam", finalizou.


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Flash de Yala Sena (Direto do local)
Rayldo Pereira (Da Redação)
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