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Familiares choram morte de garçom eletrocutado e exige resposta

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Foi impossível conter a emoção. O garçom Weberson Lima Vieira, 23 anos, morreu na madrugada desta quinta-feira vítima de descarga elétrica. Após o velório e enterro nesta manhã, familiares e amigos participaram do Jornal do Piauí. Eles querem, pelo menos, uma explicação sobre o que aconteceu.

Fotos: Evelin Santos/Cidadeverde.com
Wemerson Lima Vieira, irmão gêmeo de Weberson.

A vítima jogava futebol com amigos por volta das 2h da madrugada de ontem quando encostou em um poste de iluminação, sofreu choque, e morreu. O Samu chegou a ser acionado, mas o garçom morreu no local.

“Ele sempre jogou bola a noite. O horário era que dava pra reunir todo mundo, vários garçons, de saída do trabalho. No dia, a bola já tinha caído várias vezes do outro lado da quadra e outros tinham ido pegar. Na vez dele, ele pegou numa galha e no porte. Ele chegou a ficar grudado no poste. Pensamos que era brincadeira, mas ainda faltou luz e ele caiu no chão já morto”, relembra o amigo, e também garçom, Franklin Batista.

Franklin Batista.

Weberson era casado e deixou esposa e uma filha. A criança completa 1 ano de idade no próximo dia 3 de setembro. O garçom já organizava para a festa de aniversário da menina que seria momento de reunir amigos e se confraternizar. 

“Estamos revoltados porque esta não foi a primeira vez que soubemos de pessoas sofrendo choques na área da quadra. Já aconteceu com outro amigo nosso. O poste era enferrujado. Mas a revolta mais é porque ninguém se responsabiliza. Ficam jogando o caso de um lado para o outro”, desabafa Wemerson Lima Vieira, entre bastantes lágrimas, irmão gêmeo da vítima e também garçom.


A família conta, ainda, que não decidiu que providências tomar. A morte está muito recente e eles querem, pelo menos, uma resposta sobre o caso. O pai do garçom fala, também, que vai lutar para minimizar as ocorrências de descargas elétricas pela cidade.

“Primeiro queremos saber a responsabilidade sob o terreno. Estamos precisando de uma resposta. Se aconteceu com ele poderia acontecer com outras pessoas. Essa não é a primeira vez que acontece isso na cidade: todo mundo sabe. Mas se não acontecer mais, já é um consolo”, diz o pai dos gêmeos, João Vieira.

 João Vieira, pai dos gêmeos.

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Lívio Galeno
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