Um bate-boca entre o presidente da Agespisa e sindicalista vai parar na justiça. Antônio Filho, presidente da Companhia de Água e Esgotos do Piauí, abriu inquérito judicial contra dois sindicalistas por crime de agressão verbal e física.  Ele acusa os dirigentes do Sindicato dos Urbanitários do Piauí de desrespeito à autoridade, agressão e dano ao patrimônio público.

A acusação é contra o presidente do Sindicato dos Urbanitários, Francisco Ferreira e delegado da categoria, Antônio Severino da Silva.

A briga ocorreu no dia 27 de julho quando os diretores do Sindicato realizavam manifestação na porta de empresa contra a subdelegação e os terceirizados. 

Segundo relatos no processo, por volta das 13h, o presidente saiu do gabinete e foi conversar com os sindicalistas. Ao chegar no protesto houve bate-boca entre Francisco Ferreira e Antônio Filho. O presidente pediu que o sindicalista lesse o relatório de gestão que contrariava todas as acusações do sindicato. Ferreira se recurou e houve um confronto verbal. De acordo com testemunhas, Ferreira teria chamado o presidente de “ladrão”, “pau mandado” e “moleque do governador”. Durante a confusão, Antônio Severino, que filmava a briga em um movimento brusco derrubou o celular de Antônio Filho que quebrou. 

O advogado do Sindicato dos Urbanitários, Adonias Feitosa, informou que o processo tramita na 1ª vara do trabalho de Teresina e na próxima sexta-feira haverá audiência.

“O presidente da Agespisa não aceita os protestos e age de forma anti democrática  numa tentativa de intimidar a entidade e buscar a demissão do sindicalista”, disse Adonias Feitosa.

Como Ferreira tem estabilidade sindical, ele só poderá ser demitido com falta grave. Como o inquérito judicial, o presidente poderá pedir a sua exoneração. Francisco Ferreira é funcionário da Agespisa há cerca de 30 anos. 

Flash Yala Sena