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Moradores reclamam da água em Pio IX: "Tem cheiro de lama e fossa"

A qualidade e abastecimento precário da água no município de Pio IX, a 434 km de Teresina, tem provocado indignação na população. Recentemente, amostras coletadas da água apontaram a qualidade como "satisfatória", mas de acordo com populares e o procurador geral do município, Diogo Maia, a água tem cheiro de lama e fossa.

De acordo com uma funcionária da prefeitura, que preferiu não se identificar, a água é suja e inclusive, já chegou a presenciar larvas no liquido proveniente das torneiras. 


"Ficamos até uma semana sem água que quando chega é suja. No bairro Cruzeiro, a situação é ainda mais agravante e os talões não param de chegar e são caríssimos.Tem gente que paga R$ 40 e até R$ 200. Inclusive fui já fui até Teresina para reclamar do valor cobrado em um talão da minha residência", desabafa a funcionária.

Nas redes sociais, inúmeros internautas repercutem a imagem publicada por um morador da região, que ilustra a qualidade da água. 



O procurador-geral ressalta que o resultado da água coletada foi 'maquiado' e que as péssimas condições podem ser detectados sem a realização de exames. "O resultado foi maquiado e isto é visível a olho nu", reitera. 

Diogo Maia acrescenta que encaminhou ao escritório da Agespisa em Pio IX, um decreto, assinado pela prefeita Regina Coeli Viana, que prevê um desconto de 10% na conta de cada usuário. Porém, segundo o procurador, o decreto não está sendo cumprido.

"A Agespisa fecha os olhos e nariz para a situação, mas duvido que tomem um copo desta água suja. Como a responsabilidade de fiscalização é da prefeitura, entraremos em contato com a direção da empresa e caso não resolva será aplicado as penalidades prevista no contrato que prevê multas e até a rescisão", finaliza. 

Agespisa

A assessoria da Agespisa informou que a água captada no açude Cajazeiras é tratada e está dentro dos padrões propostos pelo Ministério da Saúde.

Sobre o valor cobrado mensalmente, a assessoria esclarece que o fornecimento é interrompido quando a rede está em manutenção devido a vazamentos ou queima de equipamentos. De acordo com a empresa, as contas de água são baseadas no consumo registrado no hidrômetro.

Sobre o decreto que prevê descontos na fatura, a assessoria ressalta que o documento está sendo analisado pelo setor jurídico da Agespisa. 


Graciane Sousa (Especial para o Cidadeverde.com)
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