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Manifestantes fazem passeata em protesto no desfile 7 de Setembro

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Ampliada às 10h33

Manifestantes foram ao desfile de 7 de Setembro na avenida Marechal Castelo Branco, em Teresina (PI), para protestar. Dissidentes do Grito dos Excluídos, realizado na última sexta-feira (6), eles batizaram o ato de "Grito da Soberania". 

Fotos: Yala Sena/Cidadeverde.com

O grupo de pelo menos 50 pessoas, em sua maioria partidários do PSTU, levavam faixas contra a corrupção, a privatização do petróleo e a falta de soberania nacional. A passeata ocorreu paralelamente ao desfile oficial de 7 de Setembro, que comemora a Independência do Brasil. 

"A Igreja abandonou o Grito dos Excluídos. Queria que fosse ontem, mas esse grupo não concordou. É um movimento histórico do dia 7. Estamos alertando que não temos soberania, estão entregando nosso minério, loteando e privatizando", disse o professor Gervásio Santos, militante do PSTU e um dos participantes do movimento. 


A estudante Clesiana Madeiros foi para o desfile com um lenço no rosto, contra as decisões que proibiram uso de máscaras em outras cidades brasileiras. "O Estado em breve vai dizer como devemos estar vestidos nos protestos. Isso fere nosso direito de liberdade de expressão. Nossas posturas estão sendo cerceadas e decisões como essas deixam isso claro", reclamou. 

Antes do fim do desfile oficial com a cavalaria da Polícia Militar, por volta de 10h30, o "Grito da Soberania" invadiu a faixa destinada ao 7 de Setembro. O Batalhão de Operações Especiais (Bope) interferiu e negociou com os manifestantes, que aceitaram desfilar após a conclusão da programação oficial. 

O grupo Reação Punk e grupo de estudos anarquistas se juntaram aos militantes, mas desfilaram separados dos partidários do PSTU. Os anarquistas gritavam "Povo livre, povo unido, sem governo e sem partido."


Já o grupo Conlutas, ligado ao PSTU, bradava "Pré-Sal 100% estatal" e defendia o passe livre com palavras de ordem: "Ô Firmino (Filho, prefeito de Teresina), vim te avisar, vai ter luta se a passagem aumentar" e "Nem a Direita e nem o PT, trabalhadores no poder". O grupo Reação Punk protestou contra a corrupção e a burguesia.

Paulo Tremembé, 37 anos, do Grupo de Estudos Anarquistas do Piauí, disse que o movimento foi contestar contra a falsa independência e o militarismo. Eles distribuíram panfletos defendendo o passe livre no transporte público. "Conseguimos baixar o valor da tarifa. Porém, usaram da artimanha de aumentar novamente o valor da passagem durante o recesso escolar, que se estendeu com as greves na educação do Estado e do Município", declarou. 


Yala Sena (Flash)
Fábio Lima (Da Redação)
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