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Mais de 200 milhões de reais para o esporte piauiense

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O Tribunal de Contas da União determinou que a Caixa e o Ministério do Esporte suspendam os repasses para a Vila Olímpica de Parnaíba. O TCU quer que a FUNDESPI e o Ministério se manifestem sobre o seguinte:

- Ausência de de estudos de viabilidade técnica e sócio-econômica para implementação da Vila Olímpica de Parnaíba, tendo em vista a evidente incompatibilidade do porte do empreendimento com a conjuntura política, econômica e demográfica do município de Parnaíba, que conta apenas com cerca de 150 mil habitantes. 


O TCU classifica a obra com irregularidade grave e recomenda a sua paralisação. As obras foram inciadas em julho de 2012 e paralisadas cinco meses depois, quando a Caixa deixou de repassar recursos, por não reconhecer como válido o pregão de terraplanagem e das quadras.Outras irregularidades no projeto foram encontrados pelo TCU.

O Complexo Esportivo da Vila Olímpica estava estimado em mais de 200 milhões de reais e prevê a construção de um estádio para 30 mil pessoas, uma vila com ginásio para 5 mil pessoas, uma piscina olímpica para natação e outra para saltos ornamentais, 2 quadras poliesportivas, 2 quadras de vôlei de areia, 4 quadras de tênis, pista de cooper, mais arquibancadas para 2.500 pessoas, estacionamento para 500 carros, 8 quiosques, além de banheiros, vestiários, etc. 

O lançamento da obra foi feito no Piauí pelo Ministro do Esporte, na época, Orlando Silva,naturalmente de olho nos interesses do seu partido político, o PC do B.

O Estado do Piauí tem enormes necessidades para melhorar a estrutura do seu esporte, tais como: conclusão do Estádio Albertão, recuperação do Verdão, construção de pista de atletismo e piscina olímpica em Teresina. Parnaíba poderia ter o seu Estádio, com capacidade bem menor,e uma Vila Olímpica de menor porte. O dinheiro seria suficiente para tudo, desde que bem empregado. Lembramos que várias cidades do Nordeste têm bons estádios, sendo usados para jogos de campeonatos nacionais.

O Estádio Rei Pelé, em Maceió, é um dos melhores do Brasil e comporta apenas 20.000 espectadores. O Batistão, em Aracaju, está sendo modernizado e terá capacidade nessa faixa. Nos dias atuais, conforto para todos é muíto mais importante do que tamanho.

E bom lembrar que quanto maior é a obra, mais caro custa a sua manutenção. Quem vai dispor de dinheiro para administrar a Vila Olímpica de Parnaíba, de acordo com o projeto que aí está ? O próprio Tribunal de Contas da União, no seu acórdão, diz que "não há uma definição clara de quem irá ser responsável pela gestão da Vila Olímpica, se a FUNDESPI ou o Ministério do Esporte".

E se o projeto da Vila Olímpica tiver que ser totalmente modificado, quem vai pagar a conta ? Será debitada ao esporte piauiense ?. Provalmente.


Dídimo de Castro
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