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Síria registra novos ataques após acordo entre EUA e Rússia

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A Síria registrou novos ataques em redutos rebeldes de Damasco neste domingo (15), um dia após o acordo entre Estados Unidos e Rússia para remover as armas químicas do país. Ataques aéreos, bombardeios e ataques de infantaria no subúrbio de Damasco foram registrados na manhã deste domingo, depois de um recuo após o ataque químico de 21 de agosto, que provocou a ameaça de um ataque norte-americano. De acordo com a agência  Reuters, os ataques teriam sido feitos por aviões de guerra sírios contra redutos rebeldes da capital.

Outro atentado em uma estrada de Idleb deixou ao menos três pessoas mortas, incluindo jornalista que trabalhava para uma revista do governo, informou a agência oficial Sana. O ataque também deixou nove feridos e provocou danos materiais.

 Pelo acordo firmado entre Estados Unidos e Rússia, a Síria terá de entregar em uma semana informação sobre seu arsenal de armas químicas para evitar um ataque. Se a Síria não cumprir os procedimentos para eliminar suas armas químicas, a ameaça de uso de força será incluída em uma resolução do Conselho de Segurança da ONU

Ao mesmo tempo em que se registraram os ataques, Damasco comemorou neste domingo o acordo entre Estados Unidos e Rússia para desmantelar o arsenal químico sírio, afirmando que ele "permitiu evitar a guerra", declarou o ministro sírio da Reconciliação, Ali Haidar.

"Nós saudamos este acordo. Por um lado, ajuda os sírios a sair da crise e, por outro, permitiu evitar a guerra contra a Síria ao deixar sem argumentos quem queria desencadeá-la", disse o ministro à agência estatal russa Ria Novosti.

"Este acordo foi possível graças à diplomacia e ao governo russo, é uma vitória para a Síria graças aos nossos amigos russos", disse Haidar.

O presidente Barack Obama disse que ainda poderá lançar ataques se Damasco não seguir o plano de desarmamento de nove meses da ONU desenhado por Washington e Moscou.

Os rebeldes sírios, chamando o foco internacional para o gás venenoso, evitaram comentar se o pacto poderia levar a conversas de paz e disseram que Assad retomou uma ofensiva com armas regulares agora que a ameaça de um ataque aéreo dos Estados Unidos diminuiu.

As respostas internacionais para o acordo de sábado foram cautelosas. Os governos do Ocidente, cuidadosos com Assad e familiares com os anos de inspeções frustradas da ONU no Iraque de Saddam Hussein, citaram as enormes dificuldades técnicas de se destruir um dos maiores arsenais químicos em meio a uma guerra civil.

Um líder da oposição em Damasco ecoou a decepção entre os líderes rebeldes: "ajudar os sírios significaria acabar com o derramamento de sangue", disse. Estima-se que o ataque químico tenha matado apenas centenas de mais de 100 mil mortos na guerra que também forçou um terço da população a deixar suas casas desde 2011.

Fonte: G1
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