O diretor-presidente do Instituto de Assistência e Previdência do Estado do Piauí (Iapep), Flávio Nogueira, demonstrou surpresa com a notícia de que o órgão pode ter sido alvo de uma quadrilha investigada pela Polícia Federal. 

O jornal O Globo (RJ) publicou no último domingo (22) que a Operação Miqueias desbaratou um esquema para fraudar fundos de previdência. Após a investigação, dois funcionários federais já foram exonerados. Nas gravações telefônicas, lobistas ligados ao bando tentariam atrair recursos do Iapep. 

Flávio Nogueira disse desconhecer o assunto e só saber do que foi noticiado pela imprensa. "Se alguém está negociando isso em nome do Iapep, está perdendo tempo", declarou em entrevista ao Jornal do Piauí desta terça-feira. 

Segundo o diretor-presidente, ninguém pode autorizar liberações de recursos "porque eu tenho que assinar qualquer documento. Eu sou o gestor. Tanto eu como a diretora do fundo da previdência".

Flávio Nogueira também explicou que o Iapep tem passado por um rigoroso controle para readequar suas finanças. "O que existe no Iapep é uma auditoria permanente. Com isso nós temos colocado o Iapep em um equilíbrio financeiro", disse o gestor. Ele recorda que assumiu com dívidas de quatro meses e afirma hoje pagar clínicas e hospitais em dia. 

Um dos exemplos citados por Nogueira no maior controle dos gastos diz respeito ao pedido de exames. Segundo ele, o sistema é programado automaticamente para impedir a repetição de testes em um curto espaço de tempo. 

Ainda repercutindo a filiação do secretário de Segurança, Robert Rios, Flávio Nogueira declarou que o PDT ainda não pode anunciar de qual lado ficará nas eleições de 2014.

 

Apesar da amizade com o governador Wilson Martins e a boa relação com o PSB, o líder do PDT destacou que ainda se vive um "samba do crioulo doido" na política.

"O PDT, nesse momento, quer eleger a bancada estadual e o primeiro deputado federal do partido. Nós não estamos brigando por governador, nem senador ou pelo vice", finalizou Nogueira.