O presidente da Agespisa, Antonio Filho, concedeu entrevista ao Jornal do Piauí nesta quarta-feira (25), após uma reunião com doze deputados estaduais na sede do órgão. Ele falou com os parlamentares sobre a dívida da autarquia e comentou que a subdelegação dos serviços de distribuição de água na capital agora depende da avaliação da Prefeitura de Teresina. 

Antonio Filho explicou que o débito atual da empresa ultrapassa R$ 1,2 bilhão, o que dificulta a captação de empréstimos e consequentemente, os investimentos em novas áreas há quatorze anos. “Há um conjunto de dívidas e falta de recolhimento de tributos ao longo de décadas. Mostramos aos deputados a curva de crescimento de arrecadação e de dívidas. Esta última supera em várias centenas de reais a primeira. Há mais de 14 anos não temos uma certidão negativa que e não pode fazer empréstimo ou financiamento para expandir a rede”, justificou. 

O presidente da Agespisa acrescenta que a falta de recursos é grave porque dos 177 municípios atendidos pela empresa, apenas 40 geram lucro. Os outros 137 (77% do total) causam prejuízo. Ele explicou também que além de Teresina outras cidades já especularam assumir o abastecimento de água. “O problema é que alguns municípios estão com dívidas na Agespisa, como é o caso de São Miguel do Tapuio que deve mais de R$ 1 milhão e pediu a retomada”, exemplificou.

Antonio Filho disse ainda que o projeto de subdelegação elaborado pela Fundação Getúlio Vargas a pedido do Governo do Estado já foi repassado para a prefeitura de Teresina. “Cabe agora a prefeitura nos dar a resposta para darmos prosseguimento ao processo que  diz respeito a uma proposição de audiência e consulta popular, mas que só poderão ser feitas após autorização da prefeitura”, afirmou.