Um mar cor-de-rosa cobriu a Frei Serafim e a avenida Marechal Castelo Branco na manhã deste sábado (5). A multidão participa hoje da Caminhada do Outubro Rosa, uma luta em combate ao câncer de mama, doença que mata 35 mulheres por dia no Brasil.

O evento é realizado pela Fundação Maria Carvalho Santos, que atende em torno de 3 mil mulheres em todo o Piauí. Na ação, 30 voluntários, entre oncologistas e mastologistas, examinam gratuitamente as mulheres que participam da caminhada. A intenção é fazer uma triagem. No total, 500 senhas são distribuídas para o exame de mamografia. O médico Luiz Airton Santos Júnior, presidente de honra da fundação, está examinando pessoalmente as mulheres.

A atual presidente, Ana Craveiro, ressaltou que foram vendidos até ontem 4,5 mil kits, cujo valor arrecadado será aplicado em ações de prevenção, controle da doença e aquisição de medicamentos.

"Essa caminhada é o ápice do Outubro Rosa, pois dá visibilidade ao trabalho feito pela Fundação em prol da prevenção do câncer de mama. Esperamos sensibilizar a sociedade, não só as mulheres, mas os maridos e filhos, para que possam estimular a realização dos exames", destacou Ana Craveiro. 

Ainda de acordo com a gestora, os principais objetivos do evento é educar as mulheres, mostrar a importância do diagnóstico precoce da doença e trabalhar a adaptação social das vítimas de câncer de mama. "A instituição luta também em prol de leis que garantam o direito das mulheres, como o direito que cada uma tem de fazer uma mamografia gratuita por ano", acrescentou a presidente.

Participante da caminhada, o presidente nacional do Instituto Avon, Lírio Cipriani, afirmou que segundo as pesquisas 52 mil novos casos de câncer de mama são diagnosticados por ano, número que representa mais de 12 mil casos por mês. "Em média, 35 mulheres morrem por dia por causa da doença, eu não me conformo, pois a doença tem cura e eu sei, como ninguém, que a prevenção é a melhor forma de combatê-lo", disse o presidente, que perdeu a esposa há oito meses, vítima da doença.

Para Lírio, o movimento Outubro Rosa é importante por "incomodar" as mulheres. "Esse incômodo é preciso para que as mulheres possam se conscientizar da gravidade do câncer de mama", finalizou.