O Dia de Finados também é marcado em Teresina pela prática de comércio ambulante nas proximidades dos cemitérios da capital. De tudo pode ser comprado: velas, coroas de flores, água e comida. Mas em 2013, os autônomos reclamam de vendas fracas. 

Manoel Simas da Cruz tem 65 anos e monta uma banca e frente ao cemitério São Judas Tadeu, bairro São João, zona Leste, há mais de 20 anos para vender velas. Para garantir seu espaço, ele teve que chegar com antecedência de 48 horas.

“Isso para conseguir vaga. Esse ano teve muito movimento. Quando passei por aqui ontem, por volta das 17h, já tinham oito vendedores. Vendo caixas de velas de R$ 1,5 até R$ 3,5, água e refrigerante. O movimento está razoável, mas espero vender todo o estoque”, disse.

Já para Elizangela Alves da Silva, 30 anos, que vende coroas de flores de plástico, as vendas estão fracas. Há 10 anos neste setor, ela credita à grande concorrência os maus resultados alcançados nesta manhã.

“Não tá bom. Tem muita gente vendendo os mesmos produtos em outros locais. Tem até pessoas encostando carros, abrindo portas-malas e vendendo. Acho que a concorrência aumentou uns 10%”, analisa a autônoma.

As tradicionais coroas custam de R$ 10 a R$ 50. Na tentativa de reverter os prejuízos, ela ousou e em 2013 montou duas barracas: uma na frente do cemitério e outra em um meio-fio próximo. “Mesmo assim, ainda tá fraco”, queixa-se Elizangela.

Outro setor que também não tem comerciantes satisfeitos com as vendas é o de refeições. Francisca das Chagas, 59 anos, vende refeições há 20 em frente ao São Judas Tadeu. Para ela, o problema foi causado pelo trânsito modificado.

“A Polícia Rodoviária interditou uma via para facilitar, mas as vendas estão fracas”, analisa.