Nem seca, nem enchente. O Governo do Piauí decretou situação anormal em todo o Estado, com emergência fitossanitária ou zoossanitária, em função da presença da praga Helicoverpa armigera, uma larva que se alastra pelas plantações de soja do cerrado. 

A medida foi publicada no Diário Oficial desta quarta-feira (6) e tem validade de um ano. A intenção é evitar prejuízos já registrados em outros estados, com perdas de safras de grãos. 

No final de setembro, a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Piauí (Adapi) declarou como zona interditada a região de 25 municípios, também para o combate da praga. 

A portaria da Adapi listou como ação emergencial para o combate da larva o uso de agrotóxico com benzoato de emamectina. A utilização do produto já foi motivo de ação judicial na Bahia. No Piauí, o Governo traçou uma série de exigências para autorizar a aplicação do agrotóxico por parte dos produtores. 

Além do Piauí e Bahia, os estados do Mato Grosso e Paraná e ainda o Distrito Federal já apresentaram registros da praga, que é resistente e permanece no solo mesmo entre as mudanças de safra.

Em outubro, o diretor-presidente da Adapi, José Antônio Filho, relatou ao Cidadeverde.com que produtores estavam apreensivos com os prejuízos já registrados na Bahia. Uma força tarefa começou a ser montada para controlar a situação, com o apoio do Ministério da Agricultura, Embrapa, Fetag, Secretaria de Desenvolvimento Rural, Emater e outros órgãos.