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Jornais questionam Copa após mortes

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Vários jornais internacionais nesta quinta-feira (28) deram destaque ao acidente com um guindaste na Arena do Corinthians, em São Paulo, que matou dois operários.

O diário financeiro britânico Financial Times afirma que o incidente 'levanta questões sobre a capacidade do Brasil de sediar os dois grandes eventos esportivos para os quais se prepara'.


O jornal ressalta que o país 'vem lutando' para entregar a infraestrutura necessária para a Copa do Mundo e para as Olimpíadas e que as construtoras 'trabalham contra o relógio' em estádios e aeroportos para que o país fique pronto a tempo.

Acrescenta que o relacionamento do Brasil com a Fifa está 'sob pressão' desde os protestos que tomaram as ruas brasileiras durante a Copa das Confederações.


'Quando o Brasil foi escolhido para sediar a Copa e as Olimpíadas há alguns anos, esses eventos foram vistos como uma chance para o país exibir sua economia ascendente e o recente crescimento', avalia o FT.

'No entanto, à medida que o crescimento desacelera, (os protestos) se tornaram um foco para ressentimento entre muitos brasileiros, que argumentam que o dinheiro deveria ser gasto em melhorias dos serviços públicos'.

Em sua reportagem sobre o acidente de quarta-feira, o americano The New York Times também ressalta a relação entre a organização da Copa e os protestos, afirmando que o alto custo dos estádios fomentou 'a ira dos manifestantes e questionamentos sobre as prioridades de uma nação em que escolas e hospitais públicos estão em condições lamentáveis'.

O jornal ainda afirma que, com o último incidente, os organizadores da Copa estão agora se questionando sobre a segurança dos funcionários envolvidos em suas 'tentativas frenéticas' de finalizar os estádios.

'Revés mortal'

Para o jornal britânico The Guardian, o acidente no estádio que vai sediar a abertura da Copa representa um 'revés mortal' nas preparações do Mundial.

'O fato de o acidente ter ocorrido a uma semana do sorteio que vai definir os grupos do campeonato reacende preocupações sobre a segurança da infraestrutura e o passo lento das construções dos estádios'.

Ainda para o Guardian, o episódio é o último de uma longa lista de atrasos e fatalidades nos projetos de construção da Copa e 'é claramente um constrangimento para o Brasil, (a construtora) Odebrecht e outros responsáveis pelo projeto'.

O jornal lista outros tropeços nos projetos do Mundial, entre os quais os atrasos na entrega do Maracanã, a suspensão temporária do amistoso entre Brasil e Inglaterra, em maio, devido a riscos para a segurança dos torcedores no entorno do estádio, e o desabamento parcial do teto do estádio Fonte Nova, em Salvador, após fortes chuvas, em abril.


Fonte: MSN
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