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Réu do Mensalão pede ao STF para trabalhar

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O ex-tesoureiro do extinto PL (atual PR) Jacinto Lamas, preso após condenação pelo crime de lavagem de dinheiro no processo do mensalão, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (28) autorização para trabalhar como assistente administrativo em uma empresa de engenharia, com salário de R$ 1,25 mil.


Lamas, que cumprirá pena de cinco anos no regime semiaberto, já fez pedido de aval para trabalho externo, estudo noturno e saída quinzenal para visitar o filho paraplégico, mas o relator do processo do mensalão, ministro Joaquim Barbosa, ainda não decidiu.

Em parecer enviado ao STF, o procurador-geral Rodrigo Janot opinou contra liberar estudo e visita à família porque a lei exige o cumprimento de um sexto da pena antes dos benefícios. Além disso, Janot foi contra autorizar trabalho externo porque Jacinto Lamas não havia dado detalhes sobre propostas de trabalho de duas empresas.

Em novo documento enviado ao Supremo, Jacinto Lamas apresentou nesta quinta uma nova proposta que contém carta de emprego, descrição de tarefas a serem realizadas e documentos da empresa.

Segundo o pedido, Lamas trabalharia nas funções de controlar contas a pagar, emitir notas fiscais, controlar os recebimentos da empresa, coordenar o trabalho de logística, organização de arquivos, esclarecer dúvidas sobre a parte financeira, entre outras.

No processo, documento assinado pela empresa Mísula Engenharia diz que Jacinto Lamas passou por entrevista no dia 16 de setembro e foi aprovado. A empresa afirma conhecer a situação de Jacinto Lamas e explica que ele trabalhará das 8h às 18h, com uma hora de almoço. O salário é de R$ 1.250 por mês, mais vale-transporte e R$ 11 por dia de vale-refeição.

Os documentos deverão ser enviados para nova análise da Procuradoria Geral da República antes de uma decisão por parte do STF.

Em pedido feito nesta semana ao Supremo, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu pediu aval do Supremo para trabalhar como gerente em um hotel de Brasília e ganhar R$ 20 mil. Segundo o STF, o pedido será avaliado pela Vara de Execução Penal (VEP) do Distrito Federal e a decisão terá que ser referendada por Joaquim Barbosa.

Fonte: G1
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