O perito do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa), coronel Roberto Mendes, elogiou a atuação do Corpo de Bombeiros do Piauí ao atender a ocorrência da queda do avião, modelo Cessna, na segunda passada em Teresina.

A aeronave caiu em uma das cabeceiras da pista de pouso do aeroporto de Teresina. No veículo estavam quatro pessoas que morreram na hora. O avião era utilizado para aula prática de vôo. As investigações sobre as causas do acidente prosseguem.

“Estão dizendo que a ação dos bombeiros pode ter atrapalhado, mas os trabalhos não são determinantes para a dificuldade do caso. O fogo consumiu muito o avião. A situação do acidente em si foi muito grave”, avalia o técnico.

Roberto Mendes ouviu na manhã de hoje técnicos que faziam manutenção na aeronave, pilotos de modelo semelhante e representantes do aeroporto de Teresina. Nesta tarde, serão ouvidos gestores da Infraero.

“Posso dizer que a documentação da aeronave estava em dias com o que pede a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Ainda vou ouvir os controladores de vôos que estava de serviço no dia da tragédia”, explica o representante do Seripa.

Pessoas ligadas as vítimas afirmam que as queixas contra o equipamento de vôo eram constantes. Um aparelho conhecido como Horizonte Artificial estaria sem funcionar. Há queixa, ainda, de que o veículo não possuía bússola.

“Acredito que falha nesses equipamentos não sejam determinantes para um acidente. A prática de vôo é muito visual e o piloto deve sempre se guiar pelo que vê”, antecipa Roberto Mendes.