Raica Oliveira chegou toda serelepe ao estúdio, em Ipanema, onde foi feito este ensaio, que dá um toque esportivo-glam ao look de praia. Sorridente, Raica falou da viagem que faria à Austrália com uma amiga, enquanto trocava carinhos com Pipoca, a sua cachorrinha. A disposição continuou em frente à câmera. As curvas da modelo, pouco comum no cenário atual, logo viraram assunto.

— Tem que ter uma perninha e uma bundinha. Para manter a forma, faço exercícios diariamente. Meu foco é o culote. Quero perdê-lo, já que não me pertence — brincou a top, que não nega fogo diante de uma boa mesa. — Não vou passar a carreira inteira fazendo dieta. Comer é um dos prazeres da vida. Saio com meus amigos e não quero ficar apenas na salada, me privando, sendo escrava da profissão.

Aos 29 anos — 13 na moda —, Raica, que nasceu em Niterói, aponta uma campanha para a Dior, feita ainda na era John Galliano, como o trabalho mais marcante da sua carreira.

— Eu não conhecia a grife na época, não sabia quem era Galliano. Lembro que havia um jarro de chocolate e eu comecei a comer. Tinha 16 anos. Não tinha noção de nada — comenta a modelo, escolhida por Yves Saint Laurent para fazer parte do elenco de seu último desfile, em 2002. — Ele era muito detalhista. Gostava de ver a modelo com make e cabelo prontos, como seria na passarela. Era um senhorzinho educado, simpático e amoroso. Mas eu ficava com tanta vergonha que não falava nada.

Raica não perdeu o bom humor nem quando o nome de Ronaldo Fenômeno, seu ex-namorado, surgiu na conversa:

— O namoro não fez diferença na minha carreira. Mas fiquei mais popular.