A professora Débora Melo passou por um momento de aflição ao ter visto o próprio filho sendo assaltado na frente da casa da família no bairro Morada do Sol através de um sistema de segurança. A docente conta que está transtornada com a insegurança da região e também pelo fato de não ter conseguido que um inquérito contra os assaltantes fosse aberto por falta de delegado no 11º DP.

“Estávamos toda a família reunida quando vivenciamos este momento de angústia que jamais vai sair da minha cabeça. Meu filho estava chegando em casa quando dois jovens se aproximam de moto. Eles pedem a carteira, mas meu filho disse que a única coisa que tinha era o celular dentro do carro. Nós estávamos com medo e pensamos que iriam levar ele e o celular. Então saímos de casa gritando, em direção ao portão. Foi aí que eles correram”, descreve.

Segundo a professora, os assaltantes eram adolescentes e já haviam praticado um crime em uma farmácia no bairro.

“O Ronda Cidadão não atende o telefone. A Polícia Militar demorou duas horas para vir na minha casa e quando chegou disse que tínhamos que ter um sistema de segurança mais moderno, com zoom, para poder identificar os jovens. Mas eles já sabiam quem eram porque vinham do assalto da drogaria. Disseram que iam dar uma volta para procurá-los, mas até hoje esperamos”, desabafa Débora.

A docente diz ainda que foi ao 11º DP, que estava sem delegado. “Conseguimos registrar o B. O., mas para abrir o inquérito tem que ter o delegado que não estava lá. A PM disse que teríamos de ir na Central de Flagrantes. Se alguém tivesse agido, eles poderiam estar presos. Eles estavam armados e com certeza praticaram outros crimes. O que eu quero é o que toda a mãe quer: que seu filho possa sair de casa sem medo e que eu não fique angustiada por isso”, finalizou.