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Teresina: Cai consumo das famílias pela falta de confiança no emprego

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O teresinense iniciou o ano de 2014 com intenção de comprar menos. É o que atesta pesquisa realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Piauí, Instituto Fecomércio de Pesquisa e Desenvolvimento e Confederação Nacional do Comércio (CNC).

Fotos: Raoni Barbosa/Revista Cidade Verde

De acordo com o levantamento Intenção de Consumo das Famílias de Teresina (ICF), realizada no início do mês de janeiro, a queda foi de 0,4% na vontade de comprar das famílias. O encolhimento do dado, mesmo que discreto, se dá em comparação a dezembro de 2013. 

Essa foi a oitava queda consecutiva. O ICF de janeiro foi de 129,8 pontos enquanto que em dezembro de 2013 o índice foi de 130,3 pontos. A taxa varia entre zero e 200 pontos, sendo 100 zona de indiferença. 

Na comparação com janeiro de 2012 (que alcançou o índice de 137,6 pontos) houve retração de 5,67%. A intenção de consumo é maior entre os consumidores com renda familiar acima de 10 salários mínimos que foi de 156,3 pontos.


“No começo do ano, em função das compras no Natal e passagem de ano, o consumidor organiza mais o orçamento visando apenas compras imprescindíveis como material e as matriculas escolares”, diz presidente do Sistema  Fecomércio Piauí, Valdeci Cavalcante.

A queda já era aguardada, mesmo assim a expectativa é que o aumento do salário mínimo, que passou a R$ 724 no dia 01 de janeiro de 2014, possa influenciar no equilíbrio das contas e reascender o desejo de consumir na capital do Piauí. 

A pesquisa
Para diagnóstico completo, a pesquisa foi dividida em seis componentes: emprego atual, perspectiva profissional, compra a prazo, nível de consumo atual, perspectiva de consumo e momentos para duráveis.


Emprego Atual
Este componente atingiu 126,3 pontos, com baixa de 3,2% perante dezembro.  Com relação ao mesmo período do ano passado, 35,9% dos entrevistados disseram que estão mais seguros nos seus empregos e 12,5% afirmaram que a situação de emprego está igual ao ano passado. Entretanto, 42,0% disseram que estão desempregados, fato que influenciou negativamente o resultado.

Perspectiva profissional
O índice alcançou 83,8 pontos, resultado superior a dezembro de 2013 que atingiu 76,5 pontos. É o 15º mês consecutivo que este indicador não apresenta otimismo.  A maior parte das famílias (58,1%) considera negativo o cenário para os próximos seis meses.

Compras a Prazo
61,2% dos entrevistados disseram que o crédito para comprar a prazo está mais fácil do que o ano passado. Já quando a avaliação é feita levando em conta a classe social do entrevistado, percebe-se que o maior percentual de otimismo em relação ao ano passado está na classe que fatura acima de 10 salários mínimos (88,2%).


Consumo Atual
O índice apresentou queda de 0,3%% na comparação com o mês passado. O maior percentual das famílias (56,8%) declarou estar com o nível de consumo superior ao do ano passado. Já 28% disseram que o consumo foi igual. O índice para quem tem renda superior a 10 salários mínimos ficou em 170,6 pontos

Perspectivas de Consumo
O índice situou-se em 157,6 pontos indicando um bom grau de satisfação. Entretanto, com relação ao mês anterior houve queda de 1,2%. Mesmo assim, mais de 2/3 (68,4%) das famílias consideram o cenário positivo para os seis meses seguintes.

Bens Duráveis
A Intenção de comprar bens duráveis ficou 3,9% acima de dezembro. O índice de otimismo alcançou 104,3 pontos. Para as famílias com renda de até 10 salários mínimos o índice foi 100 pontos (zona de limite entre o pessimismo e otimismo). Para os mais ricos, ou seja, os que faturam, mensalmente,  acima de R$ 7.240,00 atingiu 167,6 pontos.

A razão principal para o consumidor de maior poder aquisitivo procurar os bens duráveis no mês de janeiro deve-se, entretanto, ao fato das promoções do início do ano. Outra justificativa é o aumento do salário mínimo que já começou a valer.

Lívio Galeno
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