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Mensagem 2014: Confira na íntegra o discurso do Wilson Martins

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O governador Wilson Martins leu na manhã desta segunda-feira(03), a Mensagem Anual de abertura do ano legislativo na Assembleia Legislativa. O fato aconteceu com a presença de várias autoridades, além dos deputados estaduais. 

Wilson Martins entrou no plenário acompanhado da garota propaganda que estampa a capa da Mensagem, Rafael Lima. 

Confira na íntegra o discurso de Wilson Martins:

Minhas Senhoras, Meus Senhores.

Queria começar esta minha última Mensagem à Assembleia Legislativa recorrendo a uma imagem: a imagem da Rafaela, essa garotinha linda que estampa a capa desta mensagem. Esta garotinha linda que está aqui, e traduz tão bem a realidade que vivemos e a expectativa que o Piauí nos inspira para o futuro.

Quando olho para a Rafaela, não posso deixar de prestar atenção em seu olhar firme, em seu sorriso confiante. Quando falo com a Rafaela, vejo que é uma menina sintonizada no tempo, antenada com o que há de novo e inovador, apesar da pouca idade. Creio que a Rafaela é a cara do Piauí de hoje: firme, confiante, sintonizado com os novos tempos. Um Piauí risonho, porque sabe que pode mais. Bem mais.

O que me deixa mais feliz é que esse Piauí confiante e transformado não é um caso isolado. Está aí, em toda parte.

Há uma história que posso contar para mostrar esse Novo Piauí.

Ao chegar em Conceição do Canindé, no ano passado, tomei conhecimento da história do senhor João Alves de Sousa, um sertanejo de 40 anos e pele curtida pelo tempo e a labuta. Ele tinha o que contar de sua vida, que passava por modificações profundas. Anos a fio, “Seu” João viveu da roça. E, nos períodos de seca, escapava vendendo os poucos peixes que pescava artesanalmente na barragem Pedra Redonda. Naquela situação, o dinheiro era curto e a dificuldade para manter a família era enorme.

O que Seu João Alves pode contar é que sua vida mudou.

Hoje, ele é um dos integrantes do projeto de piscicultura criado pelo Governo. O que pesca dá para comer e também para vender. E, mesmo com a seca brutal que assolou nosso estado nos últimos anos, a cada final de mês ele faz um salário que permite comprar o que antes faltava na mesa.

A história de seu João é apenas uma entre milhares de piauienses que mudaram de vida, conquistando um novo lugar na sociedade. São pessoas que traduzem o Novo Piauí que está acontecendo: um estado que cresce acima da média, que mais inclui pessoas, que é o menos violento do país, que tem as melhores estradas, que leva saúde de qualidade para toda parte e melhora a educação como nenhum outro estado brasileiro.

Esse Novo Piauí não é fruto do acaso: é resultado do trabalho, o trabalho do Governo e de cada piauiense.

Nestes últimos três anos, o Piauí vem se destacando em praticamente todas as áreas.

O crescimento econômico é um importante indicador, porque sem ele não se pode alcançar o desenvolvimento social. O último PIB, divulgado pelo IBGE em novembro, mostra que enquanto o Brasil cresceu apenas 2,7%, o Piauí cresceu 6,1% - quase duas vezes e meia a média nacional. E as estimativas indicam que encerramos o ano de 2013 com um PIB de R$ 30 bilhões. Isso quer dizer que crescemos R$ 8 bilhões em apenas três anos – uma evolução nominal de 36%.

Há um outro dado absolutamente revelador das transformações: a pobreza extrema, que no final de 2010 alcançava 22% dos piauienses, hoje está abaixo de 5%. Ou seja, incluímos quase 600 mil pessoas em apenas três anos.

Esta é a essência do trabalho do Governo: fazer o Piauí crescer incluindo pessoas. Isto é: crescer e permitir que o fruto desse desenvolvimento chegue ao maior número possível de piauienses, reduzindo as desigualdades e levando qualidade de vida, dignidade e cidadania a mais e mais pessoas. E por isso reafirmo, pleno de convicção:
um Novo Piauí está acontecendo.

Tanto avanço não acontece por acaso. E, dentro do Governo, começa com um novo jeito de administrar, com planejamento, definição e controle de metas; com a qualificação dos serviços públicos e investimento em ações estratégicas.

No planejamento, desde cedo definimos prioridades, visando construir um Piauí economicamente mais forte e socialmente mais justo.
Neste aspecto, não nos contentamos em fazer um plano para os quatro anos de Governo. Por isso estamos elaborando o Plano de Desenvolvimento Econômico, a ser concluído ainda neste semestre, e que desenha os passos fundamentais para o Piauí nos próximos 40 anos. Este plano nasce da certeza de que um governante não pode enxergar apenas seu mandato, porque um Estado é muito maior que um Governo.

Outro aspecto fundamental nesse jeito diferente de governar é o aperfeiçoamento e controle da gestão: Elegemos metas, definimos as condições para que sejam realizadas e promovemos o monitoramento rigoroso na execução.
Com isso, agilizamos a concretização da meta e também otimizamos os recursos públicos. É a ideia de fazer mais com menos, à qual me referi no meu discurso de posse, em janeiro de 2011.

O cuidado com a gestão vem da convicção de que a administração é uma atividade-meio absolutamente fundamental, condição necessária para que os fins planejados sejam alcançados com mais rapidez e eficiência. Daí, tivemos uma atenção muito especial com a máquina administrativa, e mais ainda com a figura central desse processo – o servidor.

Na administração privada, costuma-se dizer que “o valor das empresas se confunde com o valor das pessoas que as constituem”.
Podemos dizer o mesmo de um governo, que será muito mais valioso, muito mais eficiente quanto mais valorizado e reconhecido seja o servidor que o faz funcionar. Por isso, desenvolvemos o maior programa de valorização do funcionalismo, melhorando as condições de trabalho e garantindo remuneração digna. Foram 17 atos normativos (entre leis e decretos) e 6 planos de cargos e salários, cobrindo mais de 90% dos servidores estaduais.

Os setores de educação, saúde e segurança são especialmente reveladores desse avanço, único na história do Piauí.
Com os policiais militares, alcançamos um acordo que assegura até 111% de reajuste salarial em quatro anos. Os policiais civis ganharam aumento, um reconhecimento ao importante trabalho que realizam. Convocamos os aprovados e todos os classificados para a PM e também para delegado. Nunca em nossa história houve tantas promoções: mais de mil soldados se capacitaram e viraram Cabo.

Na saúde, realizamos o maior concurso público de todos os tempos. E tornamos realidade um sonho acalentado há muito por médicos e não-médicos, na mais ampla cobertura para a área.

Na educação, o Piauí estabeleceu um piso salarial para os professores que é quase16% acima do piso nacional: o Piso Nacional é de R$ 1.697,37 e o nosso piso é de R$ 1.965,99. Isto faz do Piauí o 4º maior salário de professor da rede pública estadual no Brasil.

Também investimos na qualificação do servidor, oferecendo formação e aperfeiçoamento. E investindo na meritocracia, onde o concurso é o instrumento mais seguro e democrático. Em três anos, foram nomeados 3.140 novos servidores concursados. Somente na saúde e educação foram 1.261 - o maior número em toda a história dessas duas secretarias.

Mas é especialmente relevante o caso da Universidade Estadual do Piauí, a nossa Uespi, com a incorporação de mais de 650 servidores, entre professores e técnicos administrativos. A contratação de mais de 300 novos docentes para a Uespi produziu dois efeitos importantes. Primeiro, a Estadual passou a contar com mais professores efetivos que temporários, marcando uma nova época na instituição. Além disso, as contratações resultaram em melhor titulação docente, já que levaram à incorporação, logo na primeira convocação de concursados, de 35 doutores, 133 mestres e 31 especialistas. Na prática, elevamos a qualidade do ensino e fortalecendo a vocação para a pesquisa.

Estamos fazendo o Estado mais eficiente, o que se reflete na vida de todos. Por isso pudemos enfrentar quedas nos repasses constitucionais, em especial do Fundo de Participação dos Estados. Em 2013, pela primeira vez na história, as receitas próprias do Estado foram maiores que os repasses do FPE: nossas receitas somaram R$ 2,97 bilhões, contra R$ 2,87 bilhões do FPE. Isto é possível porque temos uma gestão fiscal mais eficiente, que permitiu que em três anos elevássemos nossa Receita Corrente Líquida em quase 1,3 bilhão.Em 2013, nossa Receita Corrente chegou a R$ 5,8 bilhões. É uma mudança com implicações importantes, porque nos dá mais autonomia para planejar e realizar obras fundamentais para o crescimento de nosso estado.

Outro dado revelador: o Piauí foi destaque na mídia nacional como um dos poucos estados em situação financeira equilibrada. Esta é também uma situação nova em nossa história, deixando no passado aqueles rankings em que o Piauí sempre figurava na parte negativa das estatísticas.

Com tudo isso, passamos a ter maiores possibilidades de planejar investimentos estratégicos sem depender do pires na mão.
Ano passado, aumentamos em mais de 60% os investimentos realizados pelo Estado. É simbólico lembrar que conseguimos superar a barreira de R$ 1 bilhão em investimentos. O valor exato: R$ 1,123 bilhão em investimentos, em boa medida recursos do Tesouro Estadual.

As obras de mobilidade urbana em Teresina, por exemplo, são basicamente com recursos próprios – excluindo-se a expansão do metrô. Foi com recursos próprios que fizemos a ponte do Mocambinho, assim como estamos fazendo a Ponte do Meio na Frei Serafim e uma nova no Ilhotas, ao lado da Wall Ferraz. Da mesma forma acontece com o nosso Rodoanel, a duplicação das BRs 343 e 316, o viaduto da Miguel Rosana saída Sul, e o prolongamento da Av. Barão de Castelo Branco até a BR 343, à altura do balão de acesso ao Morada Nova.

Com recursos do estado vamos fazer o asfaltamento do Mocambinho, e continuar o asfaltamento da Vila Irmã Dulce, Dirceu e a Santa Bárbara.

Quero dizer que esse trabalho se espalha por todo o Estado.

As obras de mobilidade urbana, sempre com recursos do Tesouro Estadual, estão chegando a quase 100 cidades do interior, modificando e modernizando o perfil urbano de nossas cidades. Ilustram bem esse trabalho as diversas intervenções em Picos, e os rodoanéis de Parnaíba, Canto do Buriti, José de Freitas, Barras, Esperantina, Monsenhor Gil, Regeneração, Bom Jesus, União, Inhuma e Uruçuí (estes quatro últimos já entregues à população). Também estamos fazendo a pavimentação asfáltica em mais 31 zonas urbanas do interior. Com isso, estamos resgatando décadas de descuido nesse campo da mobilidade urbana, e fazendo os municípios piauienses se reencontrarem com os novos tempos e com o potencial que cada um tem a desenvolver.

São muitas ações que estamos realizando, fortalecendo as vocações do Piauí para que as potencialidades que sempre estiveram aí se transformem em realidade palpável, ao alcance de todos. Para isso, investimos fortemente na ampliação da infraestrutura produtiva, onde o setor rodoviário é especialmente destacado. Até o fim de 2014 teremos mais de 4.000 quilômetros de estradas asfaltadas, sempre com a determinação de optar por revestimento duplo ou superior (do tipo CBUQ ou AAUQ). Essa opção é a garantia de mais segurança para quem trafega e mais durabilidade para nossas rodovias.

Hoje, o Piauí inteiro conta com boas estradas, acabando com imagens tristes como a chamada “estrada da lama”, como ficou conhecido o trecho Sebastião Leal-Bertolínia, tantos e tantos anos entregue à falta de ação governamental. Pois hoje a “estrada da lama” é um tapete. Mas o que está ficando definitivamente no passado é o lamento – mais que justificado, diga-se – dos moradores e produtores dos Cerrados.

A razão é simples: estamos fazendo os dois trechos mais esperados pelos moradores dos Cerrados piauienses – a Transcerrados e a ligação Gilbués-Santa Filomena. Com essas rodovias, a região estará atendida em todas as suas demandas de transportes necessárias para que o desenvolvimento do Extremo Sul piauiense se dê em ritmo mais intenso. E que com isso possa atrair novos empreendimentos que tragam mais resultados para o Piauí e nossa gente.

Os Cerrados ganham outros acessos. O acesso em Uruçuí, através da Perimetral Sul, com 135 quilômetros, rompendo a Ladeira da Pratinha. O asfaltamento do acesso à Serra do Quilombo, em Bom Jesus, rumo à Transcerrados; .E ainda as ligações construídas em Ribeiro Gonçalves e em Colônia do Gurguéia.

Com todas essas ações, os novos empreendimentos estão chegando.

No entorno dos Cerrados estamos viabilizando um polo produtor de proteína animal, que se vale do próprio plantio de grãos para verticalizar a produção, incluindo a criação de frangos e a instalação de frigoríficos. Ali, estão se instalando empresas como Terracal, Tomazzini e a unidade industrial da Canel, num investimento de R$ 2,5 bilhões. Indústrias de transformação buscam especialmente a grande Teresina. Na área mineral, a Bemisa vai investir R$ 3,4 bilhões na exploração do ferro. O setor de gás e petróleo projeta um investimento superior a R$ 8 bilhões. E não é coisa para um futuro a perder de vista. É para agora, como mostram as máquinas que começam a funcionar na região de Floriano.

Tem mais investimento, como na área de energia limpa, com grandes projetos no litoral e na região da Chapada do Araripe, nas cidades de Caldeirão Grande, Marcolândia, Padre Marcos, Simões, Curral Novo, Betânia, Queimada Nova, Lagoa do Barro e São João. Até 2016, esses projetos vão incrementar mais de 2.000 MW de energia limpa, em um investimento de R$ 8,5 bilhões.

A ZPE se torna realidade e atrai o interesse de investidores vocacionados para a exportação. O porto de Luís Correia, fundamental para a ZPE, ganhou um novo projeto, totalmente redimensionado, ampliado e capaz de atender às ambições que alimentamos para o futuro. O setor de turismo atrai novos investimentos, bem como a área de serviços especializados como saúde, educação e eventos. No ano passado, foram criadas mais de 15 mil novas empresas no estado, um índice que revela a vontade do piauiense de crescer e aproveitar as oportunidades cada vez mais amplas.

Como instrumento de transformação, apostamos no empreendedorismo, e não apenas para segmentos de médio ou grande porte. Desenvolvemos a visão empreendedora também junto aos pequenos produtores, até por entender que a inclusão produtiva é o caminho mais consistente e duradouro para transformação da vida das pessoas. Nesse sentido, tivemos especial atenção com o desenvolvimento rural, tanto nessa vertente da inclusão produtiva como para dar condições aos piauienses no enfrentamento à seca e suas consequências.

Em três anos, já entregamos 185 barragens de acumulação, que se somam a outras 135 em execução. Também construímos cerca de 2.500 quilômetros de adutoras. Vale ressaltar Poços de Marruá, Piaus I e II, Nova Variante do Garrincho, Adutora do Sudeste e Padre Lira, que se somam às pequenas adutoras distribuídas em vários municípios do Semiárido. Em ação com a Codevasf, incluímos o Piauí no projeto de Transposição do Rio São Francisco.fundamental para assegur água para nosso povo.

Também investimos em programas de fortalecimento dos arranjos produtivos, em especial piscicultura, apicultura e a cajucultura – setor que estamos revitalizando e fazendo que retome o lugar de destaque no cenário nacional. Hoje, somente na piscicultura temos 10 projetos em andamento, beneficiando a centenas de famílias. São ações que se valem de apoio financeiro e técnico, garantindo melhores resultados.

Dentro dessa preocupação, a educação orientada para a produção tem papel importante: hoje são 29 escolas agrotécnicas, levando conhecimento e multiplicando a capacidade do pequeno produtor sem tirá-lo do campo.

Outra ação importante no campo foi o Seguro Garantia Safra, no qual o Estado participou com R$ 10 milhões de recursos do Tesouro. Esse aporte foi fundamental para o pequeno agricultor enfrentar as perdas provocadas pela seca.

O desenvolvimento rural inclui também a preocupação com a construção de moradias. Hoje, somos o primeiro da região na aprovação de contratos no programa habitacional rural. Isto completa o feito desses últimos três no setor de habitacional, onde o Piauí também se destaca. Foram mais de 40 mil novas moradias em todo o Estado, entre realizações diretas ou financiamentos através de programas específicos. Repito: são mais de 40 mil novas moradias em três anos, antecipando em um ano a meta programada para o fim de 2014.


Minha Senhoras, Meus Senhores.

Nelson Mandela dizia que “a educação é a arma mais poderosa para você mudar o mundo”. Temos a mesma convicção, apostando no conhecimento como a mola transformadora imprescindível para todas as áreas.

Por isso mesmo, a educação recebeu atenção indiscutivelmente prioritária, com resultados muito concretos que colocam o Piauí como um modelo para o Brasil. Melhoramos a estrutura física da rede escolar, qualificamos professores, melhoramos o transporte, com aquisição de novos ônibus e criando o Pedala Piauí, que já distribuiu mais de 36 mil bicicletas para alunos que moram até 4 quilômetros do local de estudo.

Os resultados logo aparecem.

Somos destaque no Ideb, ficando entre os dois melhores desempenhos do país, alcançando no fim de 2012, metas projetadas apenas para 2016. No Enade, a Uespi se mostrou uma grata revelação, avançando muito mais que a média nacional e colocando cursos como Direito, Medicina, Odontologia, Fisioterapia e Psicologia entre os melhores do país.

A avaliação do combate ao analfabetismo trouxe o Piauí como o estado que mais reduziu esse perverso índice, baixando de 23 para 18%. As olimpíadas de matemática, física e literatura outra vez colocaram nosso estado como conquistador de medalhas de ouro. Mas se ganhar medalhas não chega a ser novidade, há algo novo:  as medalhas já não são conquistadas apenas pelos alunos de Cocal dos Alves. Isso mostra que o bom exemplo da cidade do Norte do estado se multiplica a partir de uma deliberada ação do Governo do Estado.
No fim do ano tivemos a consagração, com a divulgação do resultado do PISA, Programa Internacional de avaliação estudantil.  No ranking nacional, saltamos dez posições, saindo dos 21º lugar que tínhamos em 2010, para 11º colocado. É o atestado de que estamos melhorando (e melhorando muito) a nossa educação.

E não tenho dúvidas que a aposta que fizemos na escola de tempo integral e no Mais Educação – as escolas com jornada ampliada – é grandemente responsável por esta transformação. Os avanços são dignos de comemoração, porque mostram que estamos fazendo uma revolução nesta área.

Hoje sabemos que podemos (e devemos) fazer mais. Vamos ampliar o Mais Educação/Escola de Tempo Integral, onde já temos mais de 350 unidades educacionais. Também vamos fortalecer o ensino profissionalizante, ampliar a educação com mediação tecnológica e consolidar a Universidade Aberta, possibilitando que os piauienses possam fazer curso superior de qualidade em qualquer parte do estado.

Ainda neste início de 2014, estamos coroando um programa absolutamente inovador e revolucionário: o Aprender é Uma Viagem, programa de intercâmbio internacional para alunos da rede pública. São 120 alunos selecionados, que vão passar este semestre em países de língua inglesa (como Estados Unidos, Canadá e Nova Zelândia) ou de língua espanhola (como Argentina, Chile e Espanha). Esse programa gera oportunidade e transforma imediatamente a vida desses alunos, que por sua vez impactam na vida das comunidades, ajudando a construir esse Novo Piauí que está em todos os setores.

Em 2013, investimos em educação mais do que a lei exige. Também na saúde incrementamos os investimentos, cerca de R$ 150 milhões a mais que em 2012. Assim como na educação, não se pode falar em estado eficiente sem um decisivo investimento na saúde.
Hoje, fazemos o cofinanciamento da saúde com os municípios, implicando em repasse de R$ 40 milhões. Só em Teresina, são R$ 6 milhões a mais, o que torna mais eficaz o atendimento ao cidadão. Melhoramos a rede estadual no interior, dando mais resolutividade e aperfeiçoando a atenção à saúde. Para se ter uma ideia do resultado, no carnaval passado, apenas 1% dos atendimentos realizados no interior precisou ser transferido para Teresina. Essa redução desafoga o atendimento na capital, em especial no HUT.

Ações em Teresina também contribuem com esse ganho. No HGV, melhoramos a capacidade de atendimento e consolidamos o hospital como unidade de alta complexidade. No Hospital da Polícia Militar, há uma nova capacidade de atendimento: foram mais de 129 mil procedimentos em 2013, sendo quase 7 mil cirurgias, a maioria de pacientes do HUT. O Hospital Infantil se modernizou e praticamente zerou a fila de espera por cirurgias, que passava de mil pacientes.

As transformações se completam com a criação do Samu Aéreo, que desde junho faz uma média de 10 atendimentos por mês, com 85% de salvamentos. Outra inovação é a Força Estadual de Saúde, que leva grupos de especialistas para o interior, reduzindo a demanda reprimida por cirurgias específicas. Já na primeira ação, em Floriano, foram 70 cirurgias.

A rede estadual de saúde se integra ainda em uma tarefa mais que urgente e necessária: o enfrentamento às drogas. O Hospital do Mocambinho conta com uma ala para dependentes químicos. Esse atendimento se amplia agora com as Casas de Acolhimento, como as dos bairros Matadouro e Cidade Jardim (em Teresina), onde dependentes são amparados e recebem tratamento adequado, visando sua recuperação e reinserção social.

O enfrentamento às drogas se faz especialmente com um trabalho educativo, unindo Coordenadoria de Enfrentamento às Drogas, Secretaria da Educação, Coordenadoria da Juventude e Polícia Militar. Um bom exemplo é o Pelotão Mirim, que está presente em 30 municípios, levando para crianças de 6 a 16 anos orientação educativa, disciplina e noção de socialização, importantes para formar cidadãos mais convictos de seu papel na sociedade. O combate às drogas tem contribuição fundamental da área de segurança, com o imprescindível trabalho de impedir a ação do narcotráfico, com a apreensão de drogas e prisão de traficantes.

Neste campo, batemos recorde: em 2013, as prisões por envolvimento com a droga representaram a maioria das 6.600 detenções realizadas. As apreensões de entorpecentes somaram 5,4 toneladas, superando os anos de 2011 e 2012, juntos. Esses números são resultado de uma nova diretriz na segurança pública, que começou com a criação do Ronda Cidadão, introduzindo o policiamento comunitário, que aproxima polícia e cidadão. Também é importante uma polícia mais aparelhada e mais qualificada, possibilitando uma ação pautada pela inteligência, em que se busca antecipar e impedir a ação dos bandidos.

A juventude vem recebendo especial atenção de nosso Governo, em áreas tão diversas como a educação, a saúde, a segurança, o esporte, a cultura e o lazer.

Um marco nessa relação é a Nova Potycabana, que criou novas alternativas de lazer, esporte e cultura. Desde que foi inaugurada, em maio, a Nova Potycabana se converteu no novo ponto de encontro dos teresinenses, com as mais diversas possibilidades: da simples caminhada à prática do skate, do passeio ciclístico ao vôlei, badminton ou um descontraído piquenique. Hoje, a Potycabana é uma referência como espaço público de vivência que cria uma nova relação entre o cidadão e sua cidade.

Na área cultural, apoiamos com firmeza as atividades que fortalecem a piauiensidade, movimentam a economia e oferecem entretenimento para as pessoas. Nesse leque estão eventos como a Semana Santa (em Oeiras, Floriano e Bom Jesus), Festival de Folguedos, Salão Internacional de Humor, Festival da Rabeca, Festa do Bode, Festival da Cachaça e Festival de Inverno de Pedro II.

Caras deputadas, Caros deputados.

Einstein dizia que “Nem tudo que se enfrenta pode ser modificado, mas nada pode ser modificado até que seja enfrentado”.
Desde que assumi o Governo, enfrentei muitos desafios, sempre com o propósito de construir uma nova realidade, melhor para os piauienses. Certamente não conseguimos tudo o que queríamos. Mas as mudanças estão aí à vista de todos, seguramente importantes na construção desse Novo Piauí.

Assim, ao trazer esse balanço de 2013, não posso deixar de externar minha enorme satisfação. Sabemos que ainda há muito por ser feito. Mas é inegável o tamanho do trabalho que conseguimos empreender. O olhar para o que foi realizado é extremamente positivo, com uma listagem de obras que talvez seja única na história deste estado, ainda mais para um período inferior a quatro anos.

É mais positivo ainda quando percebemos que as realizações aconteceram sem o comprometimento das finanças, tampouco sem sacrificar a qualidade de vida das pessoas. Muito pelo contrário: o Piauí é hoje um dos poucos estados financeiramente equilibrados.

Isso é novo em nossa história; e isso é fruto da organização administrativa que nos fez avançar e realizar muito mais.
Inegavelmente, conseguimos avançar em todas as áreas. Fizemos obras ao mesmo tempo em que promovemos o equilíbrio financeiro; realizamos projetos sem deixar de valorizar o servidor e aperfeiçoar o funcionamento administrativo; realizamos obras, e obras de todo tipo: umas na infraestrutura produtiva, outras no campo da infraestrutura social, buscando levar mais ganhos para os piauienses.

Tudo o que fizemos foi norteado por uma convicção inarredável:  o que importa mesmo é melhorar a vida das pessoas.
E aqui quero me reportar àqueles dois personagens que citei lá no início. Primeiro, o Seu João Alves, lá de Conceição do Canindé, que pode vivenciar agora as mudanças que alcançam milhares de piauienses. Seu João é exemplo da transformação que estamos conseguindo no presente.

Também queria me reportar à Rafaela, essa garota linda que nos inspira a acreditar no futuro com mais confiança. Nosso trabalho é para que nosso Estado tenha centenas de milhares de Rafaelas. Cada uma com esse olhar firme e decidido, e um sorriso iluminado a apontar para um futuro seguramente melhor. Um futuro em que cada piauiense possa ter mais tranquilidade, maiores oportunidades, horizonte largo e muito mais dignidade.

Isso, sim, é fazer um Novo Piauí. E esse Novo Piauí já está aí. Em todos os setores. Em toda parte.

Muito Obrigado.


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