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Tererê diz que Dilma é "cara de pau" e faz desafio de vestir saia

O deputado Deusimar Brito, o Tererê (PSDB), criticou duramente hoje (19) os anúncios de liberação de R$ 611 milhões feito ontem, em evento em Teresina. Para o deputado estadual, a presidente Dilma tem "cara de pau" e veio ao Piauí fazer promessas sem ter cumprido promessas antigas.


Tererê citou quatro obras iniciadas no passado sem que fossem concluídas pelo governo federal. "Tem a coragem de vir ao Piauí fazer mais uma promessa sem cumprir o que fez no passado. Hoje tem gente bebendo água de carro-pipa com gosto de ferrugem, mas prometeram a transposição do São Francisco. Segundo, tem a Transnordestina, R$ 20 bilhões e propaganda na TV. Está lá, parada e está terminando o mandato dela. Em terceiro, o porto de Luis Correia. Estive com o presidente da Assembleia e o vice da República [Michel Temer] e ele pediu que eu oficializasse para que ele levasse o problema para Dilma. Até hoje ficou só na promessa, aí ela vem dizendo que vai teimar e vai fazer. Teimar com quem? Com a senhora mesma? Acredito que quem não quer [a conclusão do porto] é o Ceará do Cid Gomes, o Maranhão e Pernambuco. A transcerrados, que na época fizeram imagem de que iria transportar a produção do Piauí, não fizeram. Wilso Martins, com dinheiro emprestado, é que está tentando fazer. É responsabilidade do governo federal", avaliou.


Diferente da postura do tucano, o prefeito Firmino Filho (PSDB) aplaudiu a fala da presidente Dilma e, durante o evento, solicitou que Teresina tenha um tratamento diferenciado quanto ao repasse da verba do SUS para atendimentos de média e alta complexidade. 

Mas, para Tererê, a conduta de Firmino é compreensível, já que ele está tentando fazer com que os recursos venham para obras na capital. O deputado lembra que o Piauí não se resume a sua capital e o governo federal tinha que olhar para todo o Estado de forma igualitária.


Sobre as novas críticas que sofreu do ex-prefeito Sílvio Mendes (PSDB), que o desautorizou a falar em seu nome, Tererê lembra que quando todos os tucanos defendiam que o partido deveria ter candidatura própria ao governo, ele defendia que Sílvio fosse vice na chapa governista. E é o cenário que vem se configurando, ao menos até as convenções em junho. Mas, Tererê ainda acredita que haverá mudanças depois que Zé Filho (PMDB) assumir o governo, em abril, e Wilson Martins (PSB) sair para ser candidato ao Senado. 


"Antes me criticavam porque eu dizia que o melhor para o PSDB era indicar o vice. E está aí acontecendo. Eu não preciso puxar saco. Eu não sou e nunca vou ser puxa saco. Cabe ao PMDB. Tem um presidente [Marcelo Castro] e um vice-governador [Zé Filho] e eu não posso falar por eles. Dentro da coligação eu já disse quem era que poderia ser o vice e está acontecendo. A política está na mão do PMDB, cabe a quem está na cadeira de governo fazer o melhor. O comandante será Moraes Sousa Filho. Wilson Martins será o candidato e precisamos de um senador para fazer tratorada no Senado", comentou.

Desafio à Dilma

Tererê fez também um desafio à presidente Dilma e afirmou que não subirá no palanque em que ela estiver. Ele prometeu que se os recursos prometidos saírem, o deputado vestirá uma saia e baiana e dançará. "Se a Dilma chegar no palanque eu não subo. E subiria e rodaria a baiana se os recursos do porto e os de mobilidade forem liberados. Rodarei  a baiana aqui se a senhora liberar. É um desafio que faço. Venho dançar se a senhora liberar os recursos. Se o dinheiro chegar ao Piauí eu danço com o maior orgulho", disse.


Nota aos três senadores

O deputado Tererê também avaliou o desempenho dos três senadores piauienses, líderes da chapa de oposição ao governo. Segundo o tucano, Ciro Nogueira (PP) leva nota 8, assim como João Vicente Claudino (PTB). Mas, o petista Wellington Dias só ganha 5. 

"Ele foi o líder no Senado. Ele foi um governador eleito do PT. Fez o seu sucessor e poderia ter trazido muitos investimentos para o Estado e só ficou na promessa. Está aí a presidente vindo no Piauí de novo fazendo promessas. Saúde arrasada, hospitais sem investimentos, segurança o governo não quer mandar recursos. É preciso saber que o governo estadual investe 86% da receita enquanto o governo federal investe apenas 14%. O governador pede dinheiro emprestado para socorrer o Estado. Não podemos mais nos deixar enganar por falsas promessas", explicou.

Leilane Nunes
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