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Mesmo com baixas em janeiro, Piauí inicia ano sem demissão em massa

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A superintendente regional do trabalho no Piauí, Paula Mazzulo, afirmou em coletiva na tarde desta quinta-feira (20) que mesmo o estado apresentando uma série crescente de demissões nos últimos seis meses o Piaui não registra o temido movimento do mercado de trabalho conhecido como demissão em massa. Os dados são do Cadastros Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Raoni Barbosa/Revista Cidade Verde

"O que percebemos é um movimento sazonal que já era aguardado. Por exemplo, no início deste os setores que mais demitiram foram comércio e agropecuária. No comércio, as demissões eram aguardadas pelo fim dos contratos temporários de fim de ano. Na agropecuária as demissões ocorreram pelo período entressafra", diz Paula Mazzulo. 

Em janeiro de 2014 foi registrado um saldo negativo de 135 empregos no Estado, o que representa uma variação negativa de 0,05% quando comparado o resultado ao mesmo período de 2013. O comércio registrou 372 desligamentos a mais do que as contratações, e o agronegócio 350 desligamentos excedentes ao número de contratações homologadas.


"Mesmo assim, o setor de serviços surpreendeu. Foram 595 contratações a mais do que desligamentos no período. Esse movimento se explica com o fortalecimento de setores de serviço não tradicionais, como as lavanderias e setor hoteleiro. Como não temos um parque industrial forte, essa é a saída natural da nossa economia", acrescenta Paula Mazzulo. 

Durante o período de 12 meses encerrado em janeiro de 2014 o Estado do Piauí contabilizou 11.692 novos postos de emprego em todo o Estado. De acordo com a superintendente do Ministério do Trabalho, os jovens piauienses entre 18 e 29 anos vivem um dos melhores momentos da história. A oferta de trabalho é maior nessa faixa etária.

A Delegacia Regional do Trabalho espera que o mercado de contratação se reaqueça no comércio a partir de abril, com a prévia do dia das mães.

Qualificação
"Estamos percebendo que aos poucos os trabalhadores despertaram para a necessidade de se qualificar. O sistema S vive um grande momento e programas como o Pronatec são destaque. A resposta lógica é que as empresas do Estado estão também despertando para a retenção de talentos em seus quadros", concluiu a superintendente.

Lívio Galeno (flash)
Fábio Lima (da Redação)
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