Um fio de alta tensão caiu na rua Campo Maior, esquina com o muro do aeroporto, assustando os moradores do bairro matadouro, zona Norte da capital. A família do garoto Hernesto Emanoel da Silva Moraes, de 8 anos, que morreu eletrocutado após a queda de um fio de alta tensão há 10 meses, denuncia que a rede que desabou é a mesma que vitimou a criança.

"Ontem eu vi a faísca pela janela e saí para olhar o que tinha acontecido. O mesmo fio que matou o Hernesto tinha caído novamente. Será que eles vão esperar matar outra pessoa?  Tinha acabado o Carnaval no clube e haviam muitas pessoas lá. Qualquer um podia ter sido atingido. Estou com dez meses que perdi um sobrinho, será que outra pessoa vai ter que perder a vida pra que esse fio seja trocado?", questiounou Verusca Alves, tia de Hernesto.

O acidente ocorreu por volta das 18h30 deste domingo (02) e deixou parte da região sem energia. Verusca acrescenta que ao ver a situação, acionou a Eletrobras e que em 10 minutos a empresa foi até o local e realizou o reparo dos fios. "Eles vieram rápido, eu falei que era o mesmo fio que tinha matado uma criança e em dez minutos eles chegaram, mas não trocaram a fiação. Devem ter feito algum remendo, alguma coisa, mas tem que trocar tudo por ali", alertou.

Procurada pelo Cidadeverde.com a Eletrobras Piauí, confirmou o acidente, mas garantiu que o fio não se trata do mesmo que vitimou a criança. De acordo com a assessoria de imprensa da empresa, o fio que provocou a morte de Hernesto caiu exatamente na rua Balsas, e não na rua Campo Maior, como este.

A Eletrobras acrescenta que toda a fiação no local e nos arredores de onde o acidente provocou a morte de Hernesto foi trocada para evitar qualquer novo transtorno.