Incentivando para atrair. Esta é a política fiscal do Governo do Piauí, que foi reformulada há cerca de dois anos, e continua trazendo resultados positivos para o estado. Somente em 2014, mais de 10 mil empregos devem ser gerados com a instalação de novas indústrias em solo piauiense.

De acordo com a superintendente de Projetos do Governo do Estado do Piauí, Lucile Moura, a Crown, fábrica especializada na produção de latas de alumínio, deve começar a operar nas próximas semanas, já que tem demanda para a Copa do Mundo de Futebol.

“Para a instalação desta indústria, que irá gerar cerca de 800 empregos diretos e indiretos, as concessões fiscais concedidas pelo governador Wilson Martins foram determinantes. Nos primeiros 10 anos de atuação, a indústria está isenta de pagar qualquer imposto e, até completar 20 anos de instalação, a Crown contará com outros incentivos fiscais”, explica.

Outra ação do governo que foi de suma importância para a fixação da Crown, em Teresina, trata-se do asfaltamento da estrada de acesso à sede da indústria, que fica no Polo Industrial Norte. “São 12 quilômetros de asfalto que vai desde a estrada das Cajazeiras até a PI-112. Essa pavimentação é condição efetiva para o início dos trabalhos da Crown, pois sua matéria-prima, o alumínio, é bastante sensível e o impacto com o solo, durante seu transporte, deve ser o mínimo possível”, explica Lucile.

Além da fábrica de alumínio, estão em fase de instalação a Terracal Alimentos e Bioenergia e a Bemiza. Segundo a superintendente de Projetos do Governo do Estado do Piauí, a Terracal está em fase de estudos antropológicos nos três municípios que irá englobar: Guadalupe (que abrigará as plantas industriais), Jerumenha, Floriano e Marcos Parente.

“Acreditamos que, até o mês de junho, deve ser concedida a licença de instalação da indústria que vai erguer um empreendimento para produzir alimentos, etanol e energia no interior do estado. A expectativa é que sejam gerados cerca de 4 mil empregos”, ressalta.

Já a Bemiza trata-se de uma indústria de extração e exploração das reservas de ferro encontradas na região de Simões, Curral Novo, Caldeirão Grande e Paulistana. A região oferece um grande potencial na área da mineração, pois o ferro é extraído a 25% e depois de processado atinge os 70%, garantindo excelente qualidade de categoria Premium.

Segundo os investidores, o interesse da empresa não é só extrair o ferro, mas também realizar todo o processo de transformação no local, garantindo, assim, maior desenvolvimento para a região, pois a implantação da empresa no Piauí implica em geração de renda e emprego para a população local. “Serão cerca de 3,5 mil empregos gerados pela indústria que já possui a licença de instalação no estado”, acrescenta Lucile Moura.

De acordo com o relatório da Comissão de Incentivos Fiscais do Piauí, nos últimos, 48 empresas receberam incentivos para instalação no estado. Sendo que, em 2012, as empresas incentivadas investiram um total de R$189.932.379,17 no Piauí. Enquanto que, em 2013, esse investimento foi da ordem de R$182.428.466,63.

“A modernização da Lei Estadual de Incentivos Fiscais está mudando o cenário socioeconômico do Piauí. Nossa política está bastante atrativa. Por exemplo, para as empresas que irão gerar mais de 500 empregos locais, nós concedemos 20 anos de isenção total de impostos. E caso ela também adote medidas socioambientais, nós concedemos ainda mais incentivos”, conclui Lucile Moura.