Em virtude do Dia Mundial da Água, ambientalistas, estudantes, trabalhadores rurais reuniram-se na ponte estaiada, zona Leste de Teresina (PI), em ato que chama a atenção para atual situação deste bem para a humanidade, trazendo como foco também a poluição dos rios piauienses.
Fotos: Cida Cardoso/Especial para o Cidadeverde.com
De acordo com Francisco Soares, da Fundação Rio Parnaíba (Furpa), é necessário um programa de políticas públicas para que haja uma maior conscientização da sociedade.
"Nossos rios estão sofrendo um processo de poluição acelerada, fora o problema da agressão nas margens, provocando assim a erosão e assoreamento. Estamos a beira de um apagão de água e precisamos manter a qualidade dos nossos rios para que o problema não se agrave", declarou.
Outro problema abordado foi a questão do semiárido. Segundo o ambientalista Dionísio Neto, estudos apontam que o Piauí corre risco de perder 70% de suas terras agricultáveis.
"Hoje, os efeitos das mudanças climáticas estão provocando problemas sérios, principalmente na região do semiárido. Quem vai ser mais afetado não serão os ursos polares, e sim o sertanejo. Além de problemas no sertão, poderá ser provocado também uma espécie caos urbano", disse Dionísio Neto.
O evento reuniu durante toda a manhã órgãos como Cáritas, Rede Ambiental do Piauí (Reapi), Igreja Católica e Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam).
O novo secretário municipal de Meio Ambiente, Cleto Baratta, marcou presença no ato e apontou a situação dos rios de Teresina como bastante crítica.
"Esse problema deve ser revertido com urgência, para que possamos atender a necessidade de todos. Além disso, devemos conscientizar as pessoas para usar água de forma correta. Não podemos deixar os nossos rios morrerem", Baratta.
Cida Cardoso (especial para o Cidadeverde.com)
Fábio Lima (Da Redação)