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RJ: Sérgio Cabral deixa cargo de governador

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Sérgio Cabral deixou o cargo de governador do Rio de Janeiro  depois de sete anos e 3 meses no poder, dizendo que fez no Estado o que chamou de uma revolução silenciosa. "Quando entramos o quadro era tenebroso. Um mês antes de assumirmos, fomos constrangidos pelo tráfico com ataques à população e havia muito ceticismo das pessoas quanto ao futuro do Estado", contou , afirmando que desde o primeiro momento decidiu apostar na política de segurança pública.


Sobre as UPPs, Sérgio Cabral disse que Pezão entrou nas comunidades antes da pacificação, para ver o que as pessoas precisavam. "Hoje as pessoas andam no teleférico do Alemão porque Pezão foi lá antes e me disse o que precisava ser feito", lembrou. 

Cabral condenou a política de seus antecessores, que acusou de lotear politicamente todos os cargos até mesmo a forma ditatorial como o governo militar fundiu os Estados da Guanabara e do Rio de Janeiro em 1975. "Apostar na segurança era apostar no futuro do Estado”, ressaltou. "Hoje deixo o governo onde ainda há muito que avançar, mas que os professores tem a segunda melhor hora/aula do país, nossa posição no Ideb (índice de Desenvolvimento  da Educação Básica) só cresce e as UPPs marcaram o momento de mudança de conceito da política de Estado", disse.

Em nenhum momento Cabral citou que será candidato ao Senado, mas sua saída nesta data deixa clara essa intenção. Ele elogiou ainda a parceria com o governo federal. "Lula e Dilma são grandes brasileiros. Infelizmente o Rio tinha o hábito do  prefeito não falar com o governador  vice-versa", contou. "Tenho orgulho de ter enfrentado lutas delicadas em que acharam que iríamos romper com o governo, como na questão dos royalties, mas vencemos", ressaltou, elogiando o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha, maior pedra no sapato do governo Dilma. 

O ex-governador defendeu a obra do Maracanã dizendo que o estádio não é elefante branco. "É o maior centro emotivo do futebol do planeta" exagerou, deixando de citar que a obra começou custando R$ 600 milhões e acabou custando quase o dobro. Cabral agradeceu à mulher, aos filhos, a diversos políticos e citou dois secretários: o da Casa Civil, Regis Fichtner, que sai junto com ele, e do de segurança, José Mariano Beltrame, responsável pela política de pacificação.

Cabral recolheu as coisas no gabinete na tarde de quinta-feira para deixar tudo livre para Pezão assumir e começar a trabalhar na montagem de sua nova secretaria. Dos 27 secretários, Pezão vai ter que trocar 11. Três já tinha sido trocados anteriormente. Antes de sair, Cabral citou o ex-primeiro ministro britânico Winston Churchill. "O pessimista vê dificuldades em cada oportunidade; o otimista vê oportunidades em cada dificuldade".

Fonte: Terra

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