O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Piauí (Sinduscon), André Baia, revelou, durante entrevista no Jornal do Piauí desta terça-feira (08), que vai a Brasília pedir solução para problemas da matriz energética do Estado.

“Temos que reunir a bancada federal, empresários, agentes públicos e falar não só com o ministro de Minas e Energias. Se der, temos que falar com a presidência. Queremos uma nova linha de crédito para garantir investimentos da Eletrobras Piauí”, disse.

De acordo com o gestor, o empréstimo seria necessários já que o fundo de investimentos do setor está no vermelho e a Eletrobras não apresenta mais caixa disponível. Até o repasse do Imposto de Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS) arrecadado para o governo estadual está em atraso.

“Isso tem que ser revisto com urgência. A Eletrobras não pode se apropriou do ICMS e ainda não repassou. 

“Lamentavelmente, mas é verdade. Autoridades políticas de Timon tem usado o argumento, que é verdadeiro, de que no Estado vizinho a energia tem mais qualidade do que em Teresina para atrair os investimentos. A Eletrobras é falha”, critica André Baia.

Para o gestor, a companhia não se reergueu da redução sofrida no valor da tarifa no ano passado e a antiga Cepisa ainda peca por distribuir energia elétrica sem qualidade para os consumidores. 

“A Cemar é privada e tem avançado bem. Não digo que a solução é privatizar. Isso tem que ser estudado. A Eletrobras é uma empresa federal que tem potencial para investir. No Maranhão o serviço é melhor, indiscutivelmente. O problema é que oscila demais. Estamos perdendo para Timon, com todo o respeito, mas é que Timon é um bairro de Teresina”, defende.

O presidente do Sinduscon tem agenda marcada com o governador Zé Filho nesta terça-feira. O encontro deve ocorrer ainda nesta tarde.