Cidadeverde.com

Tortura com Red Hot gera revolta na banda

Imprimir
Chad Smith, baterista do Red Hot Chilli Peppers, diz que a banda ficou indignada ao saber que suas músicas estavam sendo usadas para torturar presos na base militar de Guantánamo, em Cuba.


Segundo relatos da emissora de TV Al Jazeera, o prisioneiro Abu Zubaydah foi algemado e colocado em uma cela isolada, onde foi obrigado a ouvir músicas da banda em volume extremamente alto e por horas seguidas.

“Ouvi que eles usam mais hard rock e metal... Mas nossa música é positiva, ela é feita para as pessoas se sentirem bem e isso é muito perturbador para mim, não gosto nada disso”, disse o baterista a um repórter do site TMZ. “Talvez algumas pessoas pensem que nossa música é irritante, eu não ligo, mas, sabe, eles não deveriam fazer isso. Eles não deveriam fazer nada dessa merda”, lamentou.

Smith não é o primeiro a reclamar. Em fevereiro deste ano, os canadenses do Skinny Puppy decidiram processar o departamento de defesa dos EUA ao descobrirem que algumas de suas músicas também vinham sendo usadas em Guantánamo.

“Enviamos a eles uma conta pelos nossos serviços musicais, considerando que eles usaram nossas músicas sem nosso conhecimento e como uma verdadeira arma contra alguém”, justificou o tecladista Cevin Key, em entrevista ao site da CTV News. A banda quer receber US$ 666 mil do governo, além de uma garantia de que suas composições não serão mais empregadas em torturas.

O uso de músicas em interrogatórios é uma prática antiga do exército dos EUA, e nos últimos anos artistas como Bruce Springsteen, Christina Aguilera, Eminem, Queen, AC/DC, Rage Against the Machine e até compositores de trilhas de programas infantis, como Vila Sésamo e Barney e seus amigos, já serviram como instrumentos de tortura.

Em junho de 2008, o vocalista do Metallica, James Hetfield, chegou até a brincar com o assunto, quando soube que “Enter Sandman” era uma das faixas favoritas dos interrogadores. “Temos punido nossos pais, nossas esposas e pessoas que amamos com essa música desde sempre. Por que deveria ser diferente com os iraquianos?”, disse o músico ao jornal inglês “The Guardian”.

Fonte: G1
Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais