As buscas pela garota Isabel que se afogou ontem a tarde no rio Parnaíba, região da Santa Maria da Codipi, reiniciaram na manhã dessa sexta-feira (18). Uma equipe do Corpo de Bombeiros e voluntários estão mergulhando nas águas do rio em busca da garota.
Isabel, garota ainda desaparecida
A irmã dela, Antônia, de 18 anos, foi salva por um popular e a vizinha, Gabriele de Sousa Farias, de 14 anos se afogou e o corpo está sendo velado no Parque Brasil.
O tenente, Vitorino Farias, tio de Gabriele, declarou que ela costumava tomar banho no rio e acredita que a correnteza e os buracos no leito do rio podem ter ajudado a causar o afogamento.
Populares acompanham trabalho dos bombeiros
Tenente Farias
"Ela costumava se reunir com os colegas para vir tomar banho. O problema é que pode ter sido um buraco submerso que surgiu e não teve como escapar. Acredito que elas subestimaram o rio", afirmou o tio.
De acordo com Ieda Fernandes Lima, proprietária de um bar que fica em frente ao local onde as garotas se afogaram ontem, havia um grupo com mais de 10 adolescentes e os buracos do leito do rio surgiram após a instalação de várias dragas na região. "Eu moro aqui desde 2006 e depois que essas dragas vieram é que o número de afogamentos aumentou. A margem do rio vive caindo e por mais que a pessoa esteja num raso, quando ela pisa, a areia sai de baixo dos pés e forma um novo buraco", concluiu a proprietária.
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Corpo de Gabriele encontrado na noite de ontem (17)
A jovem Antônia, de 18 anos foi resgatada pelo padrasto Erinaldo Pereira Rodrigues. Ele conta que estava tomando banho com a jovem quando as três se afastaram do grupo mesmo sendo advertidas. "Eu disse várias vezes pra elas não entrarem mais na água porque estava perigoso, mas elas continuaram seguindo quando vimos elas já estavam se debatendo. Eu corri, mergulhei e consegui salvar a mais velha, mas quando tentei voltar, as outras duas já tinham desaparecido", informou o padrasto.
O voluntário Francisco das Chagas Silva, foi quem encontrou o corpo de Gabriele por volta das 18h30. Hoje pela manhã, ele continuou varrendo as águas do rio em busca da garota desaparecida, Isabel.
Francisco estava mergulhando sem equipamento
em busca do corpo de Isabel
"Eu faço isso porque é uma obrigação de todos. Quem sabe nadar bem tem que ajudar. Há dois anos eu perdi um filho meu afogado. Ele morreu chamando por mim e o mínimo que eu posso fazer é ajudar essa outra família", descreveu.
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Rayldo Pereira (Da Redação)
