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Caixa d’água ameaça cair e produto é desperdiçado no interior do Piauí

O abastecimento de água na cidade de Jardim do Mulato (112 quilômetros de Teresina) encontra-se em dois extremos: enquanto parte da população de 5 mil habitantes sofre com o desabastecimento, o líquido jorra sem parar em outro bairro do município. A causa do problema seria um fato do reservatório da Agespisa estar prestes a desabar.

 

 
Segundo o vereador Edilson da Silva Santos, o Pitu (PSD), o imbróglio existe há pelo menos cinco meses. “A caixa d’água está pendendo para um lado e ameaçando cair. Em novembro um engenheiro veio aqui e desde então a água está ligada diretamente na rede, causando vazamentos e canos estourando. Quando isso acontece eles desligam o abastecimento, por isso estamos sempre sem água”, descreve.
 
Pitu acrescenta que o engenheiro também colocou um cano como “respiro” da rede, a cerca de um quilômetro do reservatório da Agespisa, que fica vertendo água o tempo inteiro. “É um desperdício. No Conjunto do Divino, fica derramando água sem parar. As pessoas lavam roupas na rua. Já enviamos requerimento à Agespisa pedindo uma solução, mas já passaram cinco meses e nada foi resolvido”, reclama.
 


Outro lado
A Agespisa informou que, em fevereiro deste ano, desativou o reservatório da cidade de Jardim do Mulato imediatamente após verificar uma inclinação em sua estrutura física. Não há risco para os moradores e a empresa está providenciando um novo reservatório.
 
Segundo a autarquia, a água está sendo bombeada dos poços diretamente para a tubulação, o que pode causar aumento da pressão na rede. Para evitar esse problema, foi instalado provisoriamente um ponto de extravasamento. Equipes da empresa estariam fazendo ajustes para eliminar este ponto e garantir abastecimento regular.



Antecedentes
Nos últimos seis meses, dois acidentes causaram morte ou ferimentos de pessoas no interior do Piauí. No mês de dezembro, uma mulher morreu ao ser atingida pela base de uma caixa d’água que desabou enquanto ela lavava roupa na localidade Pequizeiro, zona rural de Oeiras. Em fevereiro, um reservatório com 250 mil litros desmoronou e destruiu três casas e deixou três feridos em Água Branca.


Carlos Lustosa Filho
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