Por quase 1h, Geraldo Luís explorou o drama de Antônio Pedro de Souza e Silva, o Russo, neste domingo (22) em seu programa na Record.

Demitido da Globo após 46 anos de trabalho na emissora carioca, Russo comentou a saída forçada da televisão no 'Domingo Show'. Visivelmente confuso em sua fala, ele acredita que a demissão foi injusta.

'Foi uma covardia que fizeram comigo. Me mandaram embora sem pai e sem mãe', afirmou o assistente de palco de 83 anos.

Adriana Mello, esposa de Russo, tentou relevar as palavras duras de Russo. Segundo ela, a Globo não deixou o seu marido desamparado. O assistente seguirá ganhando um salário por cinco anos, além de ter direito a plano de saúde.

Para Adriana, a mágoa de Russo é mais pela 'aposentadoria forçada' que seu marido foi obrigado a aceitar. 

'A Globo era a vida dele. Eu acho que ele está começando a ficar com depressão. Foi uma covardia o que fizeram com ele. Não custava nada deixá-lo pelo menos lá dentro', disse.

Mesmo magoado, Russo não vê problemas em retornar à emissora.

'Se a Globo quiser me abrir as portas, eu vou. Eu não queria parar de trabalhar. Eu tenho aluguel da casa para pagar. Mas comida não falta', declarou.

Russo lembrou ainda o ataque cardíaco que sofreu dentro da Globo. Ele passou por uma cirurgia e colocou cinco pontos de safena.

'Me levaram para o hospital que tem lá dentro da Globo', afirmou.

Saudoso, o assistente de palco relembrou ainda de seu maior parceiro na TV. 'Eu era o braço direito do Chacrinha. Ele dava muita alegria para esse povo', contou.

Outra mágoa de Russo foi não ter recebido nenhuma ligação de alguns apresentadores atuais que trabalharam com ele. A única exceção é Luciano Huck: 'Apenas o Luciano ligou'.