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Marquezine reclama da exposição do namoro com Neymar: "Virou um circo"

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Discreta e sempre reticente em falar do namoro com um dos jogadores mais famosos do mundo, a protagonista de “Em família”, que termina na sexta-feira, não é de muitos sorrisos. Enquanto fazíamos as fotos da capa, Bruna Marquezine respondeu com um sonoro “não” a um pedido de gargalhada para um clique. Seria um momento premonitório? Afinal, como aparecer com o sorrisão aberto na primeira página de um jornal no dia da final do Mundial depois do vexame diante da Alemanha e com o namorado lesionado? Mas não estávamos diante de uma “Bruna Diná”, não. A moça é mesmo de poucas palavras e parece viver sempre com o pé atrás — e com respostas para tudo na ponta da língua.

— Não gosto de falar do meu namoro — ela avisa algumas vezes durante a entrevista, para depois se contradizer e acabar abrindo o coração.

A atriz, que começou na TV aos 8 anos em “Mulheres apaixonadas”, de 2003, experimenta em 2014 um momento de transformação de sua vida. Retomou o namoro com o astro da seleção às vésperas da Copa, foi o centro de todas as atenções na novela das nove e, com tanto destaque, se viu no olho do furacão. Se até outro dia a menina prodígio era considerada uma espécie de princesa por muitos, hoje também é alvo de críticas por seu temperamento. Todo dia alguém diz que ela maltratou um maquiador ou não falou com um fã. Bruna conta que já se incomodou muito com as fofocas sobre sua vida pessoal e garante que amadureceu com as críticas que anda recebendo desde que virou essa estrela.

— No início, bateu um certo desespero e perdi noites chorando. Eu me importava com tudo que falavam, tinha uma necessidade de me posicionar, de responder. E você começa a entrar numa neura e sofrer porque começam a relatar uma imagem que não é sua. Eu chorava a noite inteira. Ia dormir péssima, passava mal. Tudo que eu fazia tinha que ser calculado, e mesmo assim, sempre saía alguma coisa ruim. Desisti e comecei a me blindar — explica a atriz.

O “blindar” significa falar menos sobre o namorado famoso. As declarações de amor nas redes sociais e as fotos românticas também ficaram mais escassas com esse novo perfil. Bruna conta que já foi orientada a não publicar mais nada da sua vida e que como qualquer mocinha de 18 anos se rebelou.

— Eu brigava com todo mundo que dizia que eu não podia. Ficava irritada com o “não pode”. Não pode por quê? Eu tenho esse direito, é a minha vida. Eu quero divulgar, quero falar. Ficava nesse dilema, nessa coisa chata. Passei por uns meses ruins e sou muito mais emoção do que razão. Mas comecei a aprender... Se eu botar uma foto com a minha irmã, com meus amigos ou com o meu namorado, atraio muita energia ruim. Quanto mais feliz você está, mais inveja você atrai. O que é que todo mundo busca na vida? É felicidade, é o sucesso, é ser bem-sucedido no que faz. É ter uma vida amorosa legal, é ter uma relação boa com a família, é ter amigos parceiros, é se dar bem no trabalho. E, normalmente, quando você consegue uma dessas coisas, desagrada muita gente. Talvez porque elas não tenham conseguido, ou simplesmente porque desagrada e ponto. Por isso, não sinto mais a necessidade de expor minha vida... É para evitar uma dorzinha de cabeça, entende?

Bruna não deveria ter dor de cabeça. Ela é hoje a mulher do momento (quando ouve isso, Bruna dá uma risada mais parecida com um lamento: “Só não sei se isso é bom ou ruim...”): teve sua atuação elogiada numa novela criticada, é linda, tem uma legião de fãs apaixonados, uma família ao seu lado e não para de encher o cofrinho com dezenas de campanhas publicitárias. A atriz, no entanto, não faz a menor questão de vestir a capa de Mulher Maravilha. E basta um bate-papo olho no olho com a nova estrela para perceber que ela é muito mais gente como a gente do que podemos imaginar.

— Tenho que trabalhar todo dia como qualquer pessoa. E se estou com um problema na cabeça, não trabalho direito. Sou humana como você. Não consigo chegar no estúdio, esquecer os meus problemas e gravar. Tem dias que estou nervosa porque tenho um problema aqui, um problema ali e preciso trabalhar. As pessoas esquecem que tenho só 18 anos, sou uma menina — reclama.

Sua maior bronca, aliás, é ter sua vida acompanhada como uma novela. Bruna conta que no dia que Neymar confirmou no “Domingão do Faustão” que eles estavam juntos de novo, ela participou de um evento e teve vontade de pular no pescoço de uma repórter quando ela fez essa constatação.

— Acho surreal as pessoas falarem que a minha vida virou uma novela. Levo uma vida muito normal. O que tem demais em dois jovens namorarem, terminarem e voltarem? Virou um circo.

O anúncio de Neymar num programa de TV aconteceu um dia antes de a seleção se concentrar na Granja Comary, em Teresópolis. Na semana seguinte, a atriz subiu a serra para assistir a um treino do amado e os dois foram fotografados à exaustão. Isso não seria alimentar o circo já armado?

— Não dá para namorar dentro de uma caverna. Nossa intenção não era esconder o namoro. É impossível isso. Óbvio que em algum momento alguém ia ver. Não podemos deixar de viver. Por que no pouco tempo que a gente tinha de folga, a gente não pode sair para jantar porque vão nos descobrir? A gente não pode se trancar em casa e parar de viver porque vão comentar. Em nenhum momento passou pela minha cabeça que eu ia ficar trancasa em casa — argumenta ela, que diz ter visto todas as piadas com suas fotos durante a Copa, mas não achou graça de nada.

O vídeo de um torcedor que filmou Bruna no jogo contra o Chile fez muita gente rir imaginando a suposta criatividade do rapaz em soltar um pum e registrar a reação da namorada do nosso camisa dez. Mas Bruna Marquezine ficou irada com o que achou uma “falta de respeito”.

— Estávamos indo para os pênaltis, eu estava nervosa, chorando, a Rafa (Rafaella Santos, irmã de Neymar) também, o pai dele... E o cara não parava de me filmar! Ele já estava assim há um tempão. A minha vida, a sua, a dele não muda com uma derrota. Mas as pessoas que estão ali têm seus sonhos, a vida deles é aquilo. Não era momento para fazer gracinha — esbraveja a atriz, que trabalhava mais antes e depois dos jogos para folgar e poder assistir a tudo nos estádios.
Com o fim da Copa e da novela, Bruna, agora, só pensa nas férias. Na sexta-feira, ela se despede de Luiza, a mocinha rebelde que engatou um romance com Laerte (Gabriel Braga Nunes), o ex-noivo da mãe, Helena (Julia Lemmertz), e que tentou matar seu pai, Virgílio (Humberto Martins). Por essas e outras, a jovem foi a primeira personagem de Bruna rejeitada pelo público.

— Para mim, isso é ótimo. Se as pessoas estão sentindo raiva da Luiza, que bom, porque é sinal de que o público está acreditando no que está vendo. As pessoas estão se envolvendo com a história e isso me deixa muito feliz — opina Bruna, que na segunda fase da novela arrebatou o telespectador na pele de Helena mais jovem: — Foi uma honra interpretar uma Helena do Manoel Carlos. E gravar aquela fase em Goiás Velho foi muito especial. O grupo era pequeno, estávamos todos muito mergulhados no trabalho. É um momento que guardarei para sempre.

A atriz, que é conhecida pela facilidade em chorar desde que surgiu na TV aos 8 anos, protagonizou momentos marcantes na novela. Foram tantas as cenas densas de Luiza que Bruna tem dificuldade em escolher apenas um momento preferido.


— A primeira cena de briga com a Julia, que é quando a Luiza acha a caixa (com os pertences do passado da mãe), foi muito marcante. Foi a primeira vez que a gente brigou. E a Julia, desde o início, me adotou como filha e eu tenho ela como mãe e amiga. Depois dessa cena, a gente ficou meio que se olhando: “Nossa! Que horrível brigar assim”, sabe? Tem também uma cena recente que eu fiz com o Virgílio, que foi marcante demais (quando o pai quase bate no rosto da filha). Foi muito difícil para mim porque Luiza estava falando coisas que eu jamais falaria — afirma.

Foi nessa novela também que a morena não teve a mãe, Neide, por perto. Quando começou a gravar “Em família”, Bruna já era maior de idade e não precisava mais da companhia de um responsável por perto. A atriz garante que não teve nenhum problema com a mãe por isso, e que o afastamento no trabalho foi bom para ambas.

— Em nenhum momento tive que falar: “Mãe, chega! Não quero mais você me acompanhando”. Foi uma coisa natural por causa da maioridade. Acho que foi uma escolha dela também para me dar esse espaço, para eu amadurecer e crescer. Ela ainda tem a Lulu para criar (a irmã, Luana, de 11 anos) e acho que ela tem que aproveitar mais a vida com o meu pai. É importante para ela — diz Bruna.

Por incrível que pareça, esse mulherão se viu perdida sem Neide por perto.
— No início, eu não sabia me virar e ligava para ela toda hora. Lembro que nos primeiros meses sem a minha mãe eu parecia uma lesma retardada aqui dentro. Não sabia fazer nada. Quando eu estava com fome, a minha mãe vinha com alguma coisa sem eu nem pedir. Sem ela, eu tive que aprender a ir buscar, ligar para algum lugar, resolver, né? Não tinha mais mamãe aqui e eu tinha que comer — relembra.

A nova fase fez Bruna dar mais valor ao paparico que tem dentro de casa e a pensar no futuro. Mesmo maior de idade e financeiramente independente, continua vivendo na casa dos pais, mas já pensa em morar sozinha.

— Não sinto nenhuma necessidade em sair de casa e sei que vou odiar morar sozinha porque sou muito próxima aos meus pais e a minha irmã. Minha vontade de sair de casa é para aprender a me virar. Para eu saber chegar em casa e cozinhar, ter que limpar a casa, saber fazer as minhas coisas. Preciso sair da minha zona de conforto porque é muito fácil chegar e as contas estarem pagas, a cama estar arrumada, a comida sempre feita. Mas sei que vou sofrer de ficar sozinha. Só tenho vontade por questão de amadurecimento mesmo — pontua.

E Bruna, claro, não dá ponto sem nó. Toda essa preocupação é para se preparar para uma mudança muito maior em sua vida: ela quer ter filhos.

— O meu maior sonho é ser mãe. Preciso primeiro saber cuidar de mim para cuidar da vida de outra pessoa. Claro que não é nada para agora, é algo lá para frente porque ainda tenho muita coisa para trilhar sozinha, mas eu tenho muita vontade de ter a minha família — diz Bruna.

Antes de um bebê chegar, ela ainda deseja morar fora do país e seguir carreira internacional. A atriz acabou de ser convidada para estrelar um longa pelo produtor que levou Juliana Paes e Márcio Garcia para Hollywood:
— Sempre quis fazer um filme fora do Brasil. Não falava muito para não parecer pretensão porque é um sonho grande demais. Às vezes, me assusto com os meus sonhos e planos porque são muito maiores do que eu. Mas acredito neles.


Fonte: Extra

 

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