A Fifa nega participação em qualquer esquema de corrupção ligada a ingressos para a Copa do Mundo 2014. Mas, questionada sobre o tema em balanço oficial sobre o torneio, a cúpula da entidade que controla o futebol mundial mostrou irritação. E, apesar de dizer que está lutando contra os cambistas, admitiu que este é um problema que nunca vai acabar.

“Quando se fala de corrupção é preciso apresentar evidências. Quando fala sobre ingressos, tudo bem. Mas corrupção onde?”, disse o presidente Joseph Blatter.

Durante a Copa, uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro decretou mandato de prisão para prisão de Raymond Whelan, diretor-executivo da Match Services, a agência de viagens oficial da Fifa. Blatter se irritou com a sugestão de um jornalista de que o funcionário poderia ser a ligação para uma quadrilha de cambistas.

“Primeiramente, tivemos casos assim na África do Sul. Não acho que um dia vamos acabar com esse tipo de problema. A Fifa vende todos os ingressos pelo valor correto. Nenhum ingresso foi vendido pela Fifa por um valor maior. Foram três milhões de ingressos indo para diferentes partes do mundo e todos vendidos pelo valor certo. O que fazem com os ingressos é pelo que estamos lutando e temos regras rígidas. Estamos 100% contra isso”, explicou.

Whelan teve a prisão temporária decretada pela Justiça a pedido da polícia, que temia que ele poderia tentar deixar o país. Whelan foi levado à 18ª Delegacia de Polícia para ser interrogado.

Integrantes do grupo foram presos há duas semanas em uma operação que resultou em ao menos 11 detidos, entre eles o franco-argelino Lamine Fofana , que seria o líder da suposta quadrilha. Segundo a polícia, o grupo de Fofana estimava que poderia faturar com a Copa do Mundo no Brasil cerca de R$ 200 milhões.

Fonte: IG