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Casa da Cultura recebe exposição de artista maranhense

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O Sesc Piauí, através do projeto Sesc Amazônia das Artes, irá receber no mês de agosto, no circuito de Artes visuais, a exposição “Dos dias em que a ausência é marca” do artista plástico maranhense José Raimundo Araújo Junior – Dinho. Ela vai acontecer na Casa da Cultura. A vernissage acontecerá hoje, às 19h, e a mostra fica disponível até o dia 30 de agosto.

Memória e esquecimento são aspectos centrais da construção de narrativas identitárias. Ao darmos forma à História, uma série de sujeitos e acontecimentos são, estrategicamente, esquecidos. Uma historia envolve não só os eventos narrados, mas os protagonistas da ação, os personagens. Como consequência, ao destacarmos alguns agentes, encobrimos outros em uma névoa de esquecimento, reforçando, inevitavelmente, a perspectiva dos grupos dominantes.

Partindo dessa leitura, a mostra “Dos dias em que ausência é marca” apresenta um olhar crítico e poético sobre a construção da identidade, deslizando entre as fronteiras da experiência local e das representações externas sobre a cidade de São Luís. No trabalho, a memória pessoal se entrelaça á experiência maranhense, ambas servindo de inspiração a um registro sutil que sublima como somos marcados pela ausência.

Composta por fotos, objetos e um vídeo-dança, a exposição revela uma série de vazios significantes que delineiam a imagem da capital maranhense. Segundo o autor da exposição, todos respiramos ausências. Falta-nos algo e isso nos marca como uma ferida na pele. Como analogia ao nosso vazio existencial, a leitura da cidade requer um olhar atento ás lacuna e fissuras.

A Mostra é um convite ao encontro das faltas e ausências, universos imateriais que traduzem nossos conflitos. Como uma forma de não esquecer os vazios, a exposição organiza com precisão uma série de mídias, cujos suportes variados formam uma poderosa contra narrativa das imagens que nos seguem.

Para a proposta formativa será realizado um Workshop de intervenção urbana pautada em processos de criação colaborativos, voltado para artistas, estudantes de arte e interessados em geral. As propostas de trabalho tem como base a experiência desenvolvida pelo Risco Coletivo, núcleo de intervenção urbana radicado em São Luís. A partir de técnicas como estêncil, colagem e fotografia lambe-lambe, apresenta-se a noção de "sabotagem poética", ambicionando retirar textos visuais e escritos de seu uso corrente e empregá-los para construir experiências estéticas capazes de construir novas formas de perceber o espaço urbano. Nessa lógica, as intervenções buscam estimular uma reflexão crítica sobre a cidade e seus transeuntes por meio da construção de contra narrativas sobre a cultura e o cotidiano local.

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