Com seis presos sendo mantidos na Polinter, os agentes fazem manifestação na manhã desta sexta-feira (8) e prometem fechar a delegacia, caso os detentos não sejam transferidos para o sistema prisional.

O diretor jurídico do Sindicato dos Policiais Civis, Constantino Júnior, teme que, com a reforma na Central de Flagrantes após a rebelião de segunda-feira (4), todos os presos sejam encaminhados para as celas da Polinter e do 25° Distrito Policial.

"A tendência é essa, mas isso atrapalha as investigações de furto e roubo de veículos e deixa os policiais em um risco muito grande. Se houver uma rebelião, a socidade também poderá ser vítima. A qualquer momento pode acontecer uma tragédia", declarou Constantino, em entrevista ao Notícia da Manhã.

O delegado geral da Polícia Civil, James Guerra, explicou que a transferência dos presos para os presídios fica a cargo na Secretaria de Justiça, mas garantiu que a nova Casa de Custódia, que está sendo construída em Altos, já está em fase de conclusão. 

Sobre a informação de que os presos estão sendo mantidos em celas com apenas um cadeado, James respondeu que este não é um problema. "Se precisar de 10 cadeados, nós temos. Mas a estrutura prisional é direfente, tem hora para visita, para o banho de sol. Não há estrutura para isso nas delegacias e quando tentamos coibir os excessos, os presos se rebelam", completou.

O diretor de Presídios da Secretaria de Justiça, Wellington Rodrigues, destacou que a Sejus passou a receber 35 presos por semana e, em virtude da rebelião na Central, recebeu 20 detentos de uma só vez.

"Não há má vontade. Temos um bom relacionamento com a Secretaria de Segurança e está havendo um esforço de ambas as partes. Já visitamos a Casa de Custódia de Altos fazendo ajustes técnicos para a abertura. Os profissionais já estão em treinamento e também estamos reformando outras unidades", rebateu.

Jordana Cury
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