Robinho, definitivamente, tem o Corinthians como o rival da carreira. A volta após quase quatro meses sem atuar em competições oficiais parecia apenas uma mera informação. O novo velho camisa 7 santista apresentou no retorno o conhecido repertório de dribles rápidos, visão de jogo para controlar todas as principais jogadas ofensivas do Santos na partida, e, principalmente, aquela que deve ser a sua principal vertente na terceira passagem pela Vila Belmiro, a de atacante "multifuncional".
Inicialmente aberto pelo lado esquerdo do ataque, onde se consagrou no clube, o Robinho que volta à Vila aos 30 anos executou quatro funções ofensivas durante o jogo, a principal delas na variação com o centroavante Leandro Damião, além da troca de lado com Thiago Ribeiro, agora deslocado pela direita.
Logo de cartão de visitas, o showman santista deu uma série de dribles em Jadson, bola entre as pernas de Ralf, passe de letra sem deixar a bola cair e quase marcou o seu ainda no primeiro tempo, em chute cruzado aos 26min. O Santos dominou o rival durante todo o primeiro tempo.
Tudo parecia encaminhar para o desfecho perfeito, não fosse a expulsão precoce de Alison, aos 44min do primeiro tempo. O volante ganhou o consolo do dono da festa, não sabia o que estava por vir.
Oswaldo não repôs o seu principal marcador e manteve com coragem a mesma equipe que encerrou o primeiro tempo. Robinho passou a executar a função de Lucas Lima, até a entrada de Alan Santos na vaga de Damião.
O Santos que dominava, passou a ser dominado, e a depender, exclusivamente, do brilho de Robinho. O atacante tentou. Serviu bola para consagrar Lucas Lima aos 19min, mas o chute do camisa 20 desviou na marcação. Ainda armou boa jogada com Alan Santos e o meia, no minuto seguinte, concluída com chute por cima do gol de Cássio.
Sozinho na frente para brigar com Cléber e Gil, o camisa 7, estafado, deixou o campo sob fortes aplausos, aos 34min do segundo tempo. Não sabia o que do banco assistiria ao fim da hegemonia que construiu em duas passagens. O gol de Gil, novamente de cabeça, na jogada que tem sido o calcanhar de aquiles santista, aos 39min, acabou com o sonho da noite perfeita.
Robinho iniciou a terceira passagem pelo clube sem a invencibilidade que acostumou-se. Mais do que nunca, sabe que o Santos não mais tão brilhante como das últimas passagens precisará de muito mais do que o seu brilho para deslanchar na temporada.
Fonte: Terra
