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De intervenção em intervenção,teremos mudanças no futebol

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O futebol brasileiro necessita de mudanças urgentes no seu comando administrativo, o que não ocorrerá por iniciativas dos próprios dirigentes, cuja preferência é pela manutenção dos seus privilégios, através de seguidas eleições, muítas das quais fraudulentas. Depois do fracasso na Copa do Mundo, o governo federal apareceu com pretensões de mudar tudo, para o que realizou algumas reuniões, que não levam a ações concretas. Não passam de interesses politiqueiros, usando o esporte.

Se o governo não cuida bem da educação, da saúde, da segurança, como vai resolver os problemas do futebol?  Depois da eleição não se fala mais no assunto. O próprio movimento de atletas, chamado de "Bom Senso" não mostrou ainda um conhecimento geral, que não fique restrito a uma minoria.

No futebol brasileiro uns poucos se apoderam de confederações, federações e clubes. Fazem o que bem entendem e quando conseguem tudo o que   queriam, simplesmente deixam a "terra arrazada" para quem vier depois. Chegam a vender patrimônios valiosíssimos, sem que respeitem os caminhos legais em tais situações.  São verdadeiros escândalos. E nada acontece contra os seus responsáveis.

Nos anos mais recentes uns poucos corajosos recorreram à Justiça, em vários estados e em situações diferentes, atingindo entidades de cronistas esportivos, federações, confederações e clubes. Vai dando certo. Alguns que se consideram intocáveis, "reis da cocada preta" e que lutavam pelos seus interesses pessoais através de maracutaias e ameaças têm enfrentado dificuldades. Alguns já foram afastados e outros estão seriamente ameaçados. Afastá-los,porém, não é tudo. Devem pagar pelo que fizeram de errado, com graves prejuízos para essas entidades.

O caso mais recente está no Estado da Paraíba. Decisão da Justiça afastou a Presidente da Federação Paraibana, senhora Rosilene Gomes e toda a diretoria. A decisão foi em função de supostas irregularidades. No seu despacho a Juíza da Oitava Vara Cívil, dra. Renata da Câmara Pires Belmont considerou que "há provas inequívocas, capazes de gerar juízo de verossimilhança sobre eventuais vícios na eleição da mesa diretora da FPF, realizada em meio a irregularidades e descumprimento de regras estatutárias".

"Na ação, o Auto Esporte Clube solicitava a apresentação de vários documentos que comprovassem a legalidade do pleito, o que acabou não acontecendo na sua integralidade. A FPF apresentou apenas ata da eleição, estatuto da Federação e ata da posse. Mas, diante da análise do Tribunal de Justiça da Paraíba, de que esta documentação era insuficiente, a entidade não apresentou nennhum outro documento, limitando-se à inércia". 

"A omissão da FPF, segundo a Juíza, leva a crer que as alegações iniciais do clube pessoense eram fatos verossímeis, o que demonstraria que os clubes e ligas votantes no último pleito não estavam constituídos de forma regular."
 
A Juíza Renata da Câmara Pires Belmont decidiu nomear uma Junta Administrativa para o comando da FPF, com o prazo de 90 dias para fazer um levantamento de dados sobre as entidades filiadas, a sua constituição regular, bem como da legitimidade de seus dirigentes, notadamente daquelas entidades filiadas que compareceram e participaram do pleito eleitoral de 23.06.2010.

A Junta é formada por Ariano Wanderley, diretor do Botafogo, João Máximo Malheiro Feliciano, do Auto Esporte, e Eduardo Faustino Diniz, classificado como bacharel em direito com larga experiência jurídico administrativa. Todos terão igualdade de poderes e direito de votos.

A senhora Rosilene Gomes, afastada do cargo, está na presidência da Federação Paraibana de Futebol desde 1989( 25 anos ), quando assumiu no lugar do marido, senhor Juraci Pedro Gomes. 

 

Dídimo de Castro
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