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BNB: Piauí deve recuperar R$ 60 milhões de crédito, apesar da estiagem

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O superintendente do Banco do Nordeste no Piauí, Luiz Alberto da Silva Júnior, informou que o lucro líquido do primeiro semestre no Estado foi de R$ 937 milhões - cerca de 10% do lucro total do banco. Apesar de comemorar o resultado, o BNB do Piauí enfrenta problemas com a inadimplência. 

"Temos a meta de alcançar R$ 60 milhões de recuperação de crédito no Piauí neste ano. Já atingimos mais de 60% desse valor, mas ainda falta muito. Fazemos um pedido para que as pessoas que tenham dívidas adquiridas até 2008 procurem o banco para fazer a renegociação. Em alguns casos, o cliente pode ter até 85% de desconto no pagamento", informou o superintendente, ao Cidadeverde.com.

Luiz Alberto explica que a renegociação dos débitos facilita novas aplicações no Estado. "E estamos tendo um grande incentivo do governo federal para isso. O momento de renegociação é agora, mas as pessoas esperam uma lei de anistia, que não vai acontecer, e estão perdendo a oportunidade", completou.

Ao todo, o Banco do Nordeste do Brasil renegociou R$ 351,5 milhões em operações, sendo que a receita obtida com a recuperação de crédito no semestre somaram R$ 42,6 milhões.

Cobrança

Em videoconferência na tarde de ontem (13), o presidente do BNB Nelson Antônio de Souza, deu ênfase ao rigor das execuções das dívidas, nos casos de fraude comprovada e desvio de crédito.

"Estamos fazendo isso com todo o rigor, mas apenas com as empresas que não foram prejudicadas com a estiagem. Essa cobrança foi a principal responsável pelo aumento do lucro", revelou.

Expectativas

O balanço do BNB foi analisado positivamente pelo presidente Nelson Antônio, que considerou o banco sólido e de lucro crescente. "Em resumo, superamos o esperado. Eu diria que o banco é sólido, com lucro crescente e consistente, sem perder a identidade e a missão", comemorou.

 

 

Entre as expectativas e metas para este ano, está a abertura de novas agências. Atualmente, o BNB está presente em 1.990 municípios do Nordeste, com 308 agências implantadas. Até o final de 2014, a previsão é que outras 25 agências sejam abertas, sendo 10 delas no Piauí. "Aqui no Estado, temos a meta de em breve estarmos presentes em todos os municípios", completou o superintendente Luiz Alberto.

O lucro do banco também deverá crescer, chegando a R$ 777 milhões até o final de 2014. O Piauí deve manter a faixa de 10% do total, segundo o superintendente, com foco na flexibilidade de crédito para micro e pequenas empresas. "O maior número de operações aqui no Piauí é relacionada ao Crediamigo e ao Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). Já nos Cerrados, temos as grandes operações", completou.

Jordana Cury
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