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Zé Filho promete resolver problemas do Piauí, mas avisa que não tem "varinha mágica"

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O governador Antônio José de Moraes Souza Filho - Zé Filho (PMDB) - prometeu melhorar a situação de áreas críticas do Piauí, como a segurança, mas afirmou não ter uma "vara mágica" para resolver os problemas de uma vez. Em busca da reeleição, o gestor participou do quadro "Fala Candidato - O Povo Quer Saber", no Jornal do Piauí desta sexta-feira (15), e respondeu perguntas de representantes da sociedade. 

Zé Filho admitiu que o Piauí precisava ter 13 mil policiais militares e mais delegados. Mas lembrou que só está no Palácio de Karnak desde abril. "Eu gostaria de ter um delegado em cada uma das 224 cidades. Esse é o perfil da segurança que eu gostaria de ter. Mas assumimos em quatro meses. E todo mundo tem que entender que eu não tenho uma varinha mágica para resolver todos esses problemas em quatro meses de governo", declarou. 

"Se você prestar atenção, o investimento que nós fizemos em quatro meses, se você pegar proporcionalmente vai ver que foi muito mais do que os outros. Nós sabemos o que fazer para acertar. É investimento, é aumentar a qualificação dos policiais. É isso que estamos fazendo. Mas precisamos de tempo", acrescentou. 

O que faz o vice?
O empresário Robson Guerra, que perdeu um filho vítima de bala perdida no início do ano, questionou o papel do vice-governador, cargo exercido por Zé Filho nos últimos anos. "Ele é simplesmente um espectador. Infelizmente o vice não tem poder de nada. Ele tem o poder de dar uma opinão, de sugerir. Ele não tem isso aqui (segura uma caneta). Infelizmente essa é a grande diferença", respondeu. 

Guerra questionou se Zé Filho não tinha feito nada e se seu vice também ficará sem função. O candidato afirmou que Sílvio Mendes (PSDB) terá uma atividade ainda a ser definida. "Eu entendo a sua revolta e também ficaria dessa maneira. Você é vítima da falta de segurança. Mas a lei é dessa maneira. Realmente, o vice não manda. A lei diz que quem manda é o governadoor. Mas o meu vice vai ter uma função que eu vou designar".

Desenvolvimento
Questionado sobre a produção de hortifruti no Piauí, Zé Filho defendeu a mudança na gestão dos perímetros irrigados, classificada por ele de arcaica. "O mais importante nesse momento é a gente desburocratizar a gestão dos nossos tabuleiros, dos perímetros irrigados, tanto os Tabuleiros Litorâneos como os Platôs de Guadalupe", afirmou, defendendo o incentivo a produção local em todos os setores. "O Piauí não produz quase nada, infelizmente. É por isso que nós estamos entre os estados mais pobres do Brasil", disse. A estrutura em transporte também precisa melhorar, para que os produtos sejam exportados. 

O empresário André Baia demonstrou preocupação com a possibilidade de empresas trocarem Teresina por Timon (MA) em razão da estrutura que lá está sendo preparada. Zé Filho defendeu que o Piauí precisa resolver seus gargalos, como infraestrutura, a lei de isenção fiscal e a questão da energia. "Nós temos que ter energia. Ninguém consegue abrir uma budega, essa é a verdade. Como é que você pode pensar em industrializar um Estado sem energia?" questionou, fazendo críticas aos senadores do Piauí. "A diferença do Piauí para o Maranhão é que lá eles têm dois senadores fortes. Infelizmente, os nossos aqui não trazem recursos para o Estado". 

Saúde
O governador foi questionado sobre a falta de medicamentos excepcionais, questão feita por Jeane Melo em outra edição do "Fala Candidato". "Eu acompanhei essa sua mesma pergunta e me preocupei em me informar sobre isso. Nós estamos garantindo e fizemos uma comprpa muito grande agora", afirmou. "Nós temos problemas em diversas áreas da Saúde, mas nós temos avançado muito", declarou o candidato, que afirmou já ter ampliado o atendimento de pacientes no Hospital Getúlio Vargas e beneficiado 600 mil pessoas com o atendimento de urgência no Iapep Saúde. 

Zé Filho foi questionado pelo veto ao projeto de lei dos medicamentos excepcionais. O governador confirmou ter vetado a medida logo que assumiu o governo porque precisava ter um estudo maior sobre o assunto. 

Presidente da associação dos diabéticos, Jeane Melo, reclamou da classe política por propor soluções e não as tirar do papel. Zé Filho respondeu: "Imagine quem já teve a oportunidade de fazer e não fez. A decepção é muito maior. Eu quero ter essa oportunidade. Eu estou pedindo isso ao povo do Piauí. Eu quero ter essa oportunidade para ser julgado". 

Educação
O candidato do PMDB admitiu que a educação do Piauí precisa de melhorias e prometeu trabalhar por elas. "Nós temos que melhorar bastante. Eu gostaria de ter as escolas todas em tempo integral e escolas profissionalizantes no Piauí todo. Mas estamos avançando. Nós queremos dobrar nos próximos quatro anos a escola de tempo integral. Acho que é essa a saída. A educação é o único jeito de o pobre ter uma vida decente", afirmou.  

A estudante Franciele Cardoso, de Cocal dos Alves, trouxe ao estúdio uma pergunta de Alviberta Miranda, mãe de três surdos que questiona a falta de escolas para alunos especiais. Zé Filho admitiu que não tinha conhecimento da lei apresentada pela estudante, que criou a escola bilingue de libras e escrita em português, mas prometeu conversar com a sociedade. "Nós vamos ter uma atenção especial para isso. Eu só quero ser reeleito governador se eu puder melhorar a vida das pessoas. Se eu não puder melhorar a vida das pessoas eu não quero ser eleito governador".  

Cultura
Zé Filho foi indagado por Cineas Santos sobre um projeto idealizado há 11 anos para proteção do patrimônio vivo do Piauí, que concede salário mínimo para três cidadãos mestres de cultura, como a cantora Maria da Inglaterra e Mestre Severo. O governador adimitiu assinar a lei, que já está em seu gabinete, e destacou a demora. "OS problemas do Piauí vêm de muito tempo. Eu só estou há quatro meses no governo. Não tive tempo nem de chegar a ver esse projeto na minah mesa". 

O candidato também prometeu criar uma secretaria estadual de cultura e rever a li de incentivo, que inibe a participação de empresários. "Acho que é uma área que merece já ter uma secretaria específica, juntamente com o esporte e a área da juventude também. É uma área que merece uma atenção especial. A Fundac não atende mais as necessidades da classe. Eu vejo ela funcionando e percebo como é complicado".

Fábio Lima
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