Os laudos produzidos após a reconstituição da morte do estudante de Engenharia Mecânica Ruan Pedreira devem ser anexados ao inquérito ainda nesta semana. A informação foi confirmada ao Cidadeverde.com nesta quarta-feira (03) pelo delegado do 4º Distrito Policial, que preside as investigações, José de Anchieta Pontes.
O jovem de 21 anos foi baleado na cabeça durante uma das comemorações pela vitória da seleção brasileira durante o Mundial de Futebol no Brasil. Após ser ferido, Ruan foi encaminhado para tratamento médico. Depois de três dias internados em unidade de Terapia Intensiva (UTI), o universitário foi a óbito no dia 1 de julho de 2014.
“A reconstituição foi realizada no dia 17 de agosto. Estamos aguardando os laudos. O perito recebeu prazo de 20 dias para entregar os documento [prazo finaliza em 5 de setembro]. Não posso antecipar muita coisa porque o perito não expõe as conclusões imediatamente. Mas acredito que o caso será totalmente elucidado com o acréscimo da peça”, revela o delegado.
A principal hipótese a cerca da morte é que do estudante teria sido atingido por um cliente do bar em que estava que foi expulso do estabelecimento ao tentar entrar com bebida no local. Contra a ação, o acusado teria disparado tiros contra seguranças do local. Uma bala perdida atingiu e vitimou Ruan.
“Foi testada ainda a hipótese de que outra pessoa, que estaria fora do bar, efetuou tiros contra o estabelecimento. O perito testou a sugestão, que foi dada pelo acusado, e se pronunciará sobre isso apenas oficialmente. Mas fora a morte do Ruan, o acusado também deve responder por dupla tentativa de homicídio já que ele atirou com o objetivo de atingir os seguranças do bar”, diz José de Anchieta.
Um dos principais entraves da investigação, de acordo com o delegado que preside o inquérito, é o fato de a capsula da bala que atingiu o jovem ter se fragmentado após atingir o estudante.
“Mas para dar mais garantias e suprir essa deficiência foram anexados laudos cadavéricos e tomografias que comprovam o trajeto que a bala fez e o rastro que deixou no corpo de Ruan”, conta o titular do 4º Distrito Policial de Teresina.
Lívio Galeno
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