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Pai vê 'perseguição e mentira' contra jogador Neymar

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No bar do Hotel Mandarin, onde a Seleção Brasileira está concentrada, Neymar da Silva Santos, pai de Neymar Junior, conversa com uma produtora da ESPN. Ele ainda estava irritado com notícia veiculada pela emissora, colocando-o sob suspeita de ter vendido ingressos durante a Copa do Mundo. Ao lado do amigo Daniel Paiva, empresário peso-pesado de jogadores que se mudou de Belo Horizonte para Miami, dizia educadamente à jornalista que esperasse passar a mágoa pelo que chamou de “mentira” para só aí conceder a entrevista. 

Em sua defesa, afirma que gastou mais de R$ 150 mil na compra de entradas durante o Mundial e ironizou: “Se quando eu não tinha dinheiro eu jamais mexi com venda de ingressos, por que faria agora, quando tenho?”. Ele disse que seu filho hoje é o “produto” mais valioso do Brasil e um dos mais caros do mundo e que muitas vezes não consegue mais “vender” a imagem do atleta por absoluta falta de espaço na agenda do astro.

São quatro empresas só para cuidar do garoto. Uma trata da imagem, outra, dos contratos, uma terceira, do dinheiro, e a quarta, da abertura de negócios e franquias. E ele garantiu que paga impostos rigorosamente em dia. Cita, por exemplo, o contrato com o Barcelona, em que há 51% de taxação do governo espanhol. “Não quero nada errado. O Ministério Público aqui e lá tem todos os nossos dados, contas e impostos quitados”, declarou. Mas o fisco da Espanha acusou o Barça de ter omitido 9,1 milhões de euros da venda do jogador em 2013, o que gerou investigação do Ministério Público Federal também no Brasil.

Ao negar irregularidades, ele sustentou que essa parcela estaria ligada às luvas, parcerias e marketing contratuais. Aos 22 anos, o pai diz que um dos desafios é manter o atacante centrado, afirmando que ele foi “treinado” para se dedicar ao futebol, ser campeão por onde passar e ficar longe de problemas. Essa blindagem responderia por que há 50 profissionais trabalhando em sua assessoria.

Neymar da Silva conta que vê e ouve a maioria das notícias relacionadas ao filho e que ficou magoado quando um comentarista de uma emissora paulista, demitido posteriormente, chamou o atleta de “QI de ameba”, porque ele desceu do ônibus com um fone no ouvido. O aparelho seria de um dos patrocinadores. “Vejam que absurdo! O garoto desce ouvindo música, vendendo sua imagem... A gente não pode aceitar isso e fica magoado. Quem quiser saber qualquer coisa sobre o Neymar é só ligar para mim ou para a assessoria. Não negamos nada, mas a mentira dói e machuca, pois por trás dele existem pai, mãe, filho, irmã, uma família.”

Outra situação que deixa os familiares magoados é quando Neymar é tachado de “cai-cai”. “Ele é franzino. Com 17 anos, era titular do Santos e mostrava sua arte. Media a metade do Edu Dracena e, é claro, levava a pior numa disputa de corpo. Para não ser atingido no ar ou levar uma pancada que pode causar um trauma, ele pula, o que é normal para quem está em velocidade. A queda é sua proteção. 

É uma defesa, e não uma artimanha.” Seus olhos ficaram marejados ao mencionar a entrada do colombiano Zúñiga em Neymar, que quase o inutilizou para o futebol, ao fraturar-lhe uma vértebra: “Um pouco mais e ele poderia ficar um ano parado ou até mesmo ter sequelas. De costas, fica impossível se defender. Cabe à arbitragem coibir essas jogadas violentas. E ainda teve gente dizendo que ele estava simulando uma contusão. Isso dói demais em quem é pai. Gostaria que houvesse menos mentira e menos perseguição”.


Fonte: Superesportes

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