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No Piauí, premiado escritor alerta: “juntar se não a mediocridade reina”

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O escritor Marcelino Freire, criador do festival Balada Literária (SP) e vencedor do prêmio Jabuti em 2006, escolheu uma quixotesca missão para os próximos meses. Vai percorrer 15 capitais, tentando quebrar distâncias literárias, realizando encontros e intercâmbios com artistas, muitos deles, ignorados pelo grande público. O projeto batizado de “Quebras” – numa alusão a quebrar barreiras – ele iniciou os trabalhos em Teresina no Galpão do Dirceu e se diz impressionado com os resultados.

A necessidade do projeto “Quebras”, segundo Marcelino Freire, vem da vontade de conhecer a produção local, pois só tem contato com os artistas de outros Estados quando é convidado para salões e feiras. Desta vez, ele disse que está indo de encontro a eles. Marcelino lembrou que esteve pela última vez no Salipi (Salão do Livro do Piauí) e encontrou uma “geração vigorosa” que o estimulou mais ainda a levar adiante o projeto.

“Eu comecei em Teresina por sentir uma teimosia possível. Uma pulsação que muito me impressionou”, disse Freire e ressaltou: “Toda vez que se fala no eixo Rio-São Paulo, às pessoas sempre colocam Teresina, Palmas e outras cidades distantes, como se não tivesse produção e eu sei que tem....Teresina foi onde eu recebi mais esse banho de vigor e que fica de certa forma distante aos olhos de grandes artistas que poderiam se juntar”.

Todas as capitais, Marcelino Freire, disse que serão ofertadas oficinas literárias. Depois de Teresina, ele segue este ano para Belém, no Pará, depois Vitória, no Espirito Santo e São Luis, no Maranhão. O restante das capitais ficará para o próximo ano. 

“Não estou ensinando nada pra ninguém. Estou fazendo uma espécie de encontro, de celebração, de comunhão desses artistas. Não estou indo para revelar ninguém, pra salvar ninguém. Estou indo para me salvar. Pensando que é possível juntos construirmos um Brasil digno artisticamente”. 

O escritor ressaltou ainda que encontrou poetas excelentes na oficina e que sai de Teresina bastante energizado. “Se a gente não se juntar a mediocridade reina...Eles  estão articulados para música ruim e poesia ruim. Por isso, temos que se juntar e quebrar essas barreiras”.  Veja o projeto aqui

Preconceito

Ao falar do Piauí, Marcelino lembrou que ao convidar os idealizadores da revista Acrobata, para participarem da Balada Literária, ano passado, viu a surpresa de pessoas ao se depararem com o esmero da produção piauiense. “A expressão que eles mais ouviram foi: ‘nossa esse revista é feita em  Teresina? Nossa, e é tão bonita? É como se revistas bonitas só fossem feita em São Paulo e Rio de Janeiro”. 

No sarau para encerramento da oficina literária com Marcelino, a terceira edição da revista Acrobata foi lançada. A revista é produzida por Aristides Oliveira, Thiago E e Demétrios Galvão. 

Resistência

O escritor ressalta que enfrentou resistência para o projeto “Quebras” e revelou: “Vou ser dramático na afirmação que vou ti dar, mas alguns escritores quando eu estava escrevendo este projeto, alguns perguntaram: “o que você vai fazer em Palmas (TO)?, lá não tem nada. E eu disse: lá em Palmas tem sim, tem gente que produz”.

Em Teresina, Marcelino Freire disse que se impressionou com a produção de Nayara Fernandes e no sarau ele fez questão de recitar o poema “Asas de Pedra” da piauiense. 

“Essa garota tem uma força em seus poemas, gritos que precisam ser ouvidos...Ela já tem um livro pronto e vamos tentar ajudar no que for preciso”, disse o escritor. Na capital, Marcelino conversou com o publicitário George Mendes, conheceu o acervo sobre Torquato Neto, falou com equipe da revista Revestres e com artistas locais. 

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Flash Yala Sena
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