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Em interação virtual, Eduardo Jorge relata viagens pelo País

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Em um cenário com bonecas de artesanato regional ao fundo, Eduardo Jorge sentou-se à mesa para o debate virtual Papo Reto, uma forma que ele inventou para interagir mais com os eleitores e assim contornar o pouco tempo que tem no horário eleitoral gratuito. Acompanhado de dois colegas, um responsável por dialogar com ele e outro acompanhando movimentações nas redes sociais, o candidato do PV à Presidência da República respondeu a perguntas de internautas e tentou tornar seu programa de governo mais conhecido.

O Papo Reto ocorre às terças, quintas e sábados, após sua inserção no horário político noturno na TV. Na edição desta terça-feira, que começou com problemas técnicos como o volume dos microfones dos apresentadores, o candidato contou da sua experiência viajando pelo País em campanha e apresentou suas propostas, especialmente aquelas com foco ambiental.

Eduardo Jorge viajou 1,6 mil km por terra nos últimos quatro dias. Ele visitou lugares no interior do Alagoas, como o local onde ficava o Quilombo dos Palmares. "Há sequelas da escravidão que ainda não foram superadas", afirmou, para simbolizar a sua proposta de inclusão social para a população de etnia negra brasileira. "Enquanto não houver equilíbro, as cotas serão necessárias", defendeu Eduardo Jorge.

"Proibição do aborto é reacionária, machista e contra as mulheres brasileiras

Depois de contar das suas experiências em campanha, o candidato passou a abordar notícias da atualidade, como o desaparecimento de uma mulher após internar-se em uma clínica para fazer aborto no Rio de Janeiro. "É preciso derrubar essa lei reacionária, machista e contra as mulheres brasileiras", comentou Eduardo Jorge, referindo-se à criminalização do aborto e pedindo uma mobilização popular dos cariocas semelhante àquela ocorrida no sumiço do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, que após ser preso e ficar seis meses desaparecido foi declarado morto pela Justiça.

Deste tema, Eduardo Jorge partiu para falar do aquecimento global, apontando-o como uma crise econômica e social. "O capitalismo e o socialismo não levaram respeito ao meio ambiente". O presidenciável afirmou que a população terá que mudar hábitos de economia de água, energia, alimentação e transporte.

De forma recorrente, o candidato do PV se valia de seu programa de governo, abrindo o caderno onde as propostas estavam escritas para mostrá-las à câmera que filmava o programa.

"País mais abençoado pela energia solar, Brasil produz 0,01% do total

O político criticou a política energética brasileira, por seguir uma tendência contrária à dos países desenvolvidos, que têm transitado de energias de alto impacto ambiental para outras que afetam menos o meio-ambiente. "Temos que investir mais em etanol, biomassa, energia eólica e energia solar, que o Brasil, País mais abençoado dela no mundo, produz 0,01% do total", declarou.

Reclamando das usinas atômicas do Brasil, o candidato brincou quando seu colega da apresentação falou que as perguntas estavam bombando nas redes sociais. "Espero que não seja bomba atômica", disse Eduardo Jorge, espirituoso.

O candidato à Presidência não perdeu a oportunidade de cutucar partidos adversários, lembrando o início da sua carreira política. "O PV é hoje, para a vergonha do PSDB, o único que levanta a bandeira do Parlamentarismo", criticou o candidato, lembrando que fundadores do PSDB, como Mário Covas e Franco Montoro, defendiam esta forma de democracia, abandonada pelas gerações mais novas do partido.

Eduardo Jorge se mostrou favorável ao voto distrital misto, que teria como objetivo aproximar os eleitos da população. O voto facultativo também foi defendido pelo presidenciável.

Fonte: Terra

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