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Corpo e amostras se estragam com geladeiras quebradas no IML de Parnaíba

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O Instituto Médico Legal de Parnaíba está com suas duas geladeiras quebradas e um corpo que estava há sete meses além de dezenas de amostras de órgãos e tecidos se estragaram. Segundo os funcionários do órgão, um dos aparelhos está sem funcionar há vários meses e a segunda parou há três dias. 

O corpo, que seria doado para a pesquisa, acabou tendo de ser enterrado como indigente. Entre as mostras armazenadas estavam o útero da presidiária Isabel Batista da Silva, que morreu em consequência de queimaduras que atingiram 82% do seu corpo, em julho deste ano. O órgão seria periciado para verificar se a vítima estava realmente grávida. Também havia várias mostras de vítimas fatais de acidentes de trânsito. 

Funcionários do IML de Parnaíba informaram que o material não foi transferido para Teresina ou Fortaleza onde seria analisado porque não foram pagas as diárias necessárias aos servidores. A perda destas mostras dificultariam as conclusões dos inquéritos policiais. 

“O diretor do IML (Charles Peter), já havia comunicado ao pessoal de Teresina sobre esta situação, mas não foi tomada nenhuma providência”, explica o funcionário Robson Calisto. O IML de Parnaíba está subordinado à diretoria do IML de Teresina. 

Charles Peter confirmou que os motores das geladeiras do IML de Parnaíba queimaram e por isso, qualquer morte violenta cujo corpo for encaminhado ao IML será liberado o mais rápido possível, já que não há local para armazenamento. "Mas, os restos mortais que se estragaram estávamos guardando apenas por precaução. Os fatos já haviam sido solucionados", completou.

O diretor do órgão na capital, Antonio Nunes Pereira, informou ao CidadeVerde.com que não tinha ciência da situação das geladeiras do IML de Parnaíba e que o problema poderia ser facilmente solucionado. Ele acrescenta que já está em tramitação na Secretaria de Segurança um aditivo para o contrato da empresa cujos funcionários trabalham no Instituto parnaibado e a situação das diárias e plantões deve ser solucionado em breve. 

 

Carlos Lustosa Filho e Jordana Cury
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