A Agência Brasil publicou uma matéria importante com o título "entidades alertam para o tráfico de menores no futebol". E esclareceu o motivo da manchete: - O sonho de seguir carreira no futebol não pode levar o jovem a se submeter a condições degradantes e sem acesso à educação nas escolinhas de centos de treinamento. Isso caracteriza tráfico de pessoas. O alerta foi dado no seminário Na Rede Certa, dentro da campanha de prevenção ao tráfico de crianças e adolescentes no esporte, promovida pelo Consórcio Trama, que reúne entidades da sociedade civil de defesa dos direitos humanos.

- Por seis meses a organização percorreu escolas de ensino fundamental e médio no Estado do Rio de Janeiro, promovendo oficinas de conscientização sobre o tema para estudantes e profissionais de educação. Além disso, foram ministradas 40 palestras para multiplicadores como conselhos tutelares, órgãos de segurança pública e organizações não governamentais.

A advogada Taísi Bauer, representante do Consórcio Trama, explicou o seguinte:

- As condições em que são colocados os meninos que vão atrás do sonho de se tornar um jogador de futebol normalmente não são vistas como escravidão moderna ou tráfico de pessoas , e sim como "parte do jogo".

E disse mais a advogada:

- Os jovens passam por diversas violações de direitos, como falta de garantia de alimentação, dormitórios em péssimas condições de higiene e superlotados, abandono da escola e treinos de mais de dez horas por dia.

Para a advogada Taísi Bauer, a situação é grave e justificou:

- O tráfico é muíto grande, com os meninos trazidos por "olheiros" do Norte e Nordeste para o Sudeste, onde estão os maiores times.

Para Taísi Bauer "vários fatores levam a isso, como as desigualdades sociais, econômicas e cultural, desconhecimento do perigo, falta de informação dos pais, ausência de perspectiva local, o sonho de conquistar o mercado internacional e a possibilidade de melhorar a vida da família. E a mídia só mostra casos de sucesso.

Lembramos que recentemente um programa da TV mostrou as condições miseráveis como alguns meninos de Alagoas estavam vivendo no Rio de Janeiro, levados por um mentiroso que havia convencido os pais de que tudo seria completamente diferente e que Vasco e Fluminense iriam receber a garotada em suas escolinhas. Tudo mentira.As autoridades tomaram as providências cabíveis.

Aqui em Teresina a cada ano aparerecem os tais "olheiros" fazendo "peneiras", cobrando taxa dos pais, facilmente iludidos por essa gente.Eu sempre neguei no portal Cidadeverde.com, na Rádio Pioneira e na TV Cidade Verde qualquer tipo de cobertura. Temos negado até  mesmo uma simples notícia.

Que os pais tomem cuidados com esses enganadores que aparecem aqui em Teresina.

 

Dídimo de Castro
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