Uma reunião entre técnicos do Ministério da Saúde, da Fundação Municipal de Saúde de Teresina e da Secretaria Estadual de Saúde do Piauí definiu o plano de atuação com relação ao primeiro caso provável de Febre do Nilo Ocidental no Brasil, que acometeu um morador da zona rural do município de Aroeiras do Itaim.
O plano inclui trabalhos de investigação que serão realizados na região de Picos, através de frentes de trabalho e estudos em seres humanos saudáveis e adoecidos recentemente por doença febril aguda, cavalos saudáveis e doentes, aves da fauna local e mosquitos potencialmente transmissores da doença.
“A partir da próxima segunda-feira (1º), profissionais das Gerências de Zoonoses e de Epidemiologia da Fundação Municipal de Saúde, viajam para a região para realizarem estudos de campo em parceria com integrantes da Secretaria Estadual de Saúde e do Ministério da Saúde”, explica o neurologista da Gerência de Epidemiologia da FMS, Marcelo Adriano Vieira. A equipe será composta por médicos, enfermeiros, biólogos, veterinários, entomologistas e engenheiros ambientais. O Lacen e o Instituto Evandro Chagas darão o suporte laboratorial necessário.
O estudo preliminar realizado entre setembro e outubro deste ano mostrou que algumas aves da região possuíam anticorpos contra o Vírus do Nilo Ocidental, indicando circulação viral entre estes animais. Entretanto, amostras colhidas em familiares e vizinhos do paciente vitimado por encefalite mostraram-se negativas para a pesquisa de anticorpos específicos e até o momento não houve detecção de novos casos na região.
Os exames confirmatórios do paciente internado no Instituto de Doenças Tropicais Natan Portella em agosto e das aves com resultado sorológico positivo serão liberados nos próximos dias pelo Instituto Evandro Chagas.
Esta investigação trará importantes contribuições à compreensão do ciclo de transmissão e do status epidemiológico da doença no nosso estado e subsidiará a implantação das medidas de prevenção e controle pertinentes.
