Reportagem do Jornal Cidade Verde mostrou uma denúncia feita pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação (SINTE) de que, em 140 escolas do Piauí, que eram para ser reformadas, as obras estão paradas. Segundo a entidade, isso prejudicou cerca de 6 mil alunos, que tiveram o ano letivo comprometido. Em Nossa Senhora dos Remédios, por exemplo, alunos e alunas dividem o mesmo banheiro. A situação também é preocupante em Teresina e Água Branca.

"A maior preocupação hoje é que foram feitos vários empréstimos pelo Governo do Estado e alegaram na Assembleia Legislativa que era para reforma, melhoria e manutenção dessas escolas. Esse dinheiro chegou ao Estado e hoje as obras se encontram paradas, prejudicando de certa forma a qualidade do ensino ofertado", afirmou o diretor de comunicação do Sinte, Kássyus Lages.

Na unidade escolar Helvidio Nunes, em Teresina, a obra está parada há dois anos
Foto: Reprodução/TV Cidade Verde

Na capital, a unidade escolar Helvidio Nunes, na zona norte, está fechada há dois anos. Os 350 alunos foram remanejados para outro prédio. Por conta do abandono, a obra foi invadida e a fiação elétrica levada por ladrões. O diretor da escola, Estáquio Bastos, é um dos que ainda vai trabalhar no local em meio a obra inacabada. "Não temos biblioteca. Estamos fazendo de tudo para não perder o ano", declarou.

O secretário de educação, Alano Dourado, disse que precisa verificar  cada caso e que vários problemas podem ter acontecido. "Nós temos cerca de 400 obras em andamento e temos que especificar o caso, já que temos uma série de motivos que podem ensejar no cronograma físico e financeiro. Muitas vezes é a questão da própria empresa, que encontrou uma dificuldade a mais e a questão da chuva".

Diretor do Sinte diz que empréstimos foram aprovados e que o estado recebeu dinheiro para as reformas
Foto: Reprodução/TV Cidade Verde